Torres é assunto. AO VIVO. Kiko Nogueira e Pedro Zambarda fazem o giro de notícias no DCM. Entrevista com o jurista Lenio Streck. Veja o DCMTV.
O ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro Anderson Torres está sendo investigado pela Polícia Federal (PF) por uma viagem à Bahia, às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais de 2022. O pretexto da viagem foi reforçar o contingente da PF no estado contra supostos crimes eleitorais e barrar a chegada dos eleitores de Lula (PT) aos locais de votação.
Na ocasião, Torres pediu pessoalmente à superintendência da PF da Bahia que atuasse em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF). A ação estava pautada para interromper o fluxo de eleitores na região para prejudicar a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva.
Torres foi escalado pelo ex-mandatário para colocar em prática no Nordeste o plano da campanha bolsonarista envolvendo o uso político da PRF no dia 30 de outubro, segundo turno da eleição, uma vez que é uma região majoritariamente pró-Lula.
Torres e seu plano
O bolsonarista se reuniu com Leandro Almada, ex-superintendente da PF no estado, e outros integrantes da PF. Após o encontro, a equipe de Torres encaminhou um documento com uma lista de cidades em que o efetivo policial deveria ser reforçado, por exemplo, onde Lula era mais forte.
Esse documento, segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, foi elaborado pela delegada Marília Ferreira Alencar, que na época atuava no Ministério da Justiça e que, posteriormente, foi trabalhar com Torres na Secretaria de Segurança Pública do DF.