Israel é um dos países que mais prendem jornalistas no mundo, segundo censo do Comitê de Proteção a Jornalistas (CPJ), divulgado nesta quinta (18).
A instituição monitora ataques contra a imprensa desde 1992 e contabilizou 320 jornalistas encarcerados no ano passado por conta de sua atividade, segundo maior número da série histórica.
O censo foi realizado em 1º de dezembro de 2023 e, na ocasião, 17 jornalistas estavam sob custódia de Israel. Segundo a pesquisa feita pela instituição, todos os prisioneiros eram palestinos da Cisjordânia. O número é maior que o dobro do recorde anterior, de 2016, quando sete profissionais estavam detidos.
Empatado com Irã e atrás de China, Myanmar, Bielorússia, Rússia e Vietnã, Israel aparece na sexta posição do ranking. Veja a lista:
- China (44 jornalistas)
- Myanmar (43)
- Bielorrússia (28)
- Rússia (22)
- Vietnã (19)
- Irã e Israel (17 cada)
- Eritreia (16)
- Egito e Turquia (13 cada)
Entre todos os jornalistas presos, 14 deles estão sob custódia sem cumprir pena por qualquer acusação formal, segundo o CPJ. Israel tem um mecanismo legal que permite uma “detenção administrativa” para qualquer um que seja suspeito de cometer ou ter planejado cometer um crime no futuro.
Inicialmente, a pena é de seis meses, mas pode ser estendida indefinidamente com base em “evidências secretas”.