De segurança de Bolsonaro à chefia da Abin: quem é Ramagem, alvo da PF nesta quinta (25)

Atualizado em 25 de janeiro de 2024 às 8:39
Deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), alvo de operação da PF. Foto: Dida Sampaio

Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e alvo de buscas nesta quinta-feira (25) no bojo da Operação Últimas Milhas, foi delegado da Polícia Federal (PF) e indicado por Jair Bolsonaro para chefiá-la.

No entanto, sua posse foi impedida por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ramagem foi eleito deputado federal pelo RJ em 2022.

Ingressando na PF como delegado em 2005, Ramagem liderou a equipe de segurança de Bolsonaro na campanha de 2018 após o atentado em Juiz de Fora (MG). Sua proximidade com a família presidencial cresceu, e ele geriu a Abin de julho de 2019 a março de 2022.

Jair Bolsonaro e Alexandre Ramagem, ex-chefe da Abin. Reprodução

Embora sua nomeação para chefiar a PF tenha sido oficializada em abril, Moraes suspendeu a nomeação um dia após a publicação no “Diário Oficial da União”. Isso ocorreu após ação movida pelo PDT e outras iniciativas para impedir sua posse.

Ramagem, associado à família Bolsonaro, foi fotografado no réveillon de 2019 com Carlos Bolsonaro, filho do presidente. Nomeado assessor em 2019 na Secretaria de Governo, ele foi mantido no cargo após a demissão do ministro Santos Cruz. Em julho, Bolsonaro o escolheu como diretor da Abin.

Deixando a Abin em março de 2022 para concorrer à Câmara dos Deputados, Ramagem foi eleito pelo PL. Na PF, comandou divisões e coordenou eventos como a Copa do Mundo de 2014 e a Rio+20.

Ramagem assumiu a PF após a demissão de Maurício Valeixo, o que causou a saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça. Moro alegou interferência de Bolsonaro na PF, enquanto o presidente negou, acusando Moro de propor a exoneração de Valeixo em troca de indicação ao STF.

A disputa incluiu revelações de mensagens entre Moro e Bolsonaro sobre investigações e demissões. Moraes, do STF, ordenou a permanência das equipes da PF em inquéritos que ele preside.

Seu nome é cotado pelo Partido Liberal para ser candidato à prefeitura do Rio de Janeiro.

Com informações do G1.

Participe de nosso canal no WhatsApp, clique neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link