Debate na Record: candidatos repetem estratégia e isolam Marçal

Atualizado em 29 de setembro de 2024 às 11:36
O candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal. Imagem: reprodução.

No debate da Record realizado no último sábado (28), os candidatos à Prefeitura de São Paulo isolaram Pablo Marçal (PRTB), evitando direcionar perguntas a ele até que não houvesse outra escolha. Nos dois primeiros blocos, o formato realizado pela emissora possibilitou que ninguém optasse voluntariamente em perguntar para o ex-coach.

No primeiro bloco, Marina Helena (Novo) foi a última a perguntar, de modo que só restou Marçal, abordando o plano do candidato do PRTB para reduzir impostos. Ele desviou o tema e criticou o candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), dizendo que ele é “pequeno demais”para o cargo em São Paulo. Além disso, foi nesse momento que chamou Guilherme Boulos (PSOL) de “Boules”, resultando em uma advertência.

No final do segundo bloco, Datena (PSDB) também acabou obrigado a questionar Marçal sobre segurança alimentar, destacando que quase 1 milhão de pessoas enfrentam fome na cidade. Marçal, no entanto, desviou novamente, promovendo sua proposta de “jornada da prosperidade” e comentando sobre seu jejum de cinco dias consumindo nada além de água.

Ao final, Marçal recordou a agressão recebida de Datena, que respondeu enfatizando a importância do respeito à democracia. “Dá uma chance para alguém que é resistente, que aguenta a pancada, que não reage quando alguém agride”, enfatizou Marçal, que foi respondido por Datena: “Melhor respeitar a democracia do que apanhar.”

Além de ser ignorado pelos adversários, Marçal perdeu 30 segundos no último bloco, devido a uma penalização por desrespeitar a regra que proíbe o uso de apelidos ou termos pejorativos – neste caso, o “Boules”.