Na manhã desta quinta-feira (24), o pastor Marcos Pereira, presidente do Republicanos, informou que irá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que os recursos de seu partido não sejam bloqueados devido à ação movida pelo partido do presidente Jair Bolsonaro (PL), o PL, com questionamentos às urnas eletrônicas.
“Não tenho nada a ver com isso, só está ali por uma formalidade. Eu não fui consultado se era para entrar com essa ação ou não. E, se fosse, teria dito que não. Nós não comungamos dessa opinião”, disse.
A decisão do presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, prevê multa de R$ 22,9 milhões a todos partidos da coligação que apoiou o presidente. Além do PL e do Republicanos, o Progressistas também foi punido. As siglas apoiaram fielmente a candidatura do presidente derrotado.
Pereira comentou que a legenda acabou sendo punida por um aspecto formal, considerando que o PL promoveu a ação em nome da coligação Pelo Bem do Brasil. O presidente do Republicanos revelou que o PL tem procuração para se expressar em nome da coligação, porém, nesse caso específico, deveria ter aberto a discussão com os outros partidos antes de recorrer ao TSE. “Fizeram isso sem ouvir os outros partidos”, relatou Pereira à CNN.
Na entrevista, destacou que, ao contrário de outros apoiadores da coligação, o Republicanos reconheceu o resultado das urnas no mesmo dia do segundo turno, portanto, “aceitando” a vitória de Lula.
Uma das razões foi o desempenho do partido nesse pleito, que ampliou bancada, com 41 deputados federais, 76 estaduais e ainda fez 2 governadores, o ex-ministro Tarcísio Freitas (Republicanos), em São Paulo e o governado reeleito Wanderlei Barbosa (Republicanos), em Tocantins.