Apresentador bolsonarista Adrilles Jorge foi demitido da Jovem Pan na manhã desta quarta (9). Ontem, ele terminou sua participação em um jornal da emissora com uma suposta saudação nazista. Desligamento ocorreu quando Adrilles tentou defender o youtuber Monark sobre sua declaração defendendo a legalidade de um Partido Nazista.
O jurista Pedro Serrano, do Grupo Prerrogativas, fez comentários a respeito de Adrilles e de Monark ao DCM: “Esse jornalista não compreende os limites do direito de liberdade de expressão. E os limites da admissibilidade da organização política que existe na opinião.
Não há nada na nossa democracia que impeça opiniões extremistas. Falo isso pelo que eu vi de alegação do Monark ontem de que, se pode ter comunista deve-se ter nazista, como se fossem comparáveis os conceitos, o que não são.
Na verdade você pode ter extrema direita, os integralistas, esse bolsonaristas, eles podem se organizar. E também a extrema esquerda pode sim se organizar, comunistas, etc. Não é por ser extremista que o nazismo não passa na ‘clausula de barreira’ da democracia.
É pelo fato do nazismo ter como pressuposto o cometimento de um crime lesa-humanidade inaceitável, que é o morticínio de judeus. É eliminar os judeus da vida pública e social. Isso é inaceitável”.
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Como seria possível defender um Partido Nazista?
Serrano é claro sobre isso: “Para defender um Partido Nazista, como essa gente tem feito, eles teriam que defender a existência de um partido pedófilo, como já ocorreu na Europa. Um partido cujo o eixo central fosse a aceitação da pedofilia. Um partido não pode ter como pressuposto o cometimento de um crime”.