O advogado Marco Aurélio Carvalho, coordenador do Grupo Prerrogativas, escreveu sobre a nova reportagem do DCM sobre os diálogos de procuradores da Lava Jato.
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O que diz Marco Aurélio de Carvalho sobre as delações forjadas?
Merece aplauso e reconhecimento o belíssimo trabalho de jornalismo investigativo que o DCM vem realizando.
Viva a mídia independente!
As denúncias de hoje, gravíssimas, não podem esbarrar no corporativismo cego e nefasto do Conselho Nacional do Ministério Público. Precisam ser averiguadas com prioridade e com urgência.
A indústria de delações forjadas , a serviço de um projeto político e eleitoral, destruiu muito mais do que reputações.
Deixou no país um rastro de pobreza e de miséria. Perdemos quase 5 milhões de postos de trabalho e mais de 170 bilhões em investimentos.
Estima-se, também, que deixamos de recolher mais de 50 bilhões de reais em impostos. Triste e revoltante.
A desestruturação encomendada de setores da nossa indústria nacional ( construção civil, indústria naval e petróleo e gás) precisa ser objeto de uma profunda investigação. Com as consequentes responsabilizações…
A sociedade brasileira precisa enfrentar a vulgarização deste instituto que mergulhou nosso sistema de justiça em uma crise sem precedentes…
Estes procuradores desonraram a nobre função que abraçaram.
Merecem uma punição exemplar e pedagógica!!!
Se o CNMP funcionasse tal como devia, estes procuradores já teriam sido demitidos a bem do serviço público.
O Brasil foi palco do maior escândalo de um sistema de justiça de que se tem notícia em uma Democracia Moderna.
Precisamos de respostas firmes e contundentes para reacreditar nossas instituições.
Para grande ironia, o juiz que coordenou os trabalhos da Força tarefa quer, hoje, se candidatar para presidir o país.
O país que ajudou a chegar a esta sofrida realidade de pobreza, de miséria e de lamento por inacreditáveis mais de 600 mil mortes por Covid.
O bolsonarismo é filho legítimo do lavajatismo!
Esta turma sujou as mãos de sangue…