O delegado de Polícia Federal Gastão Schefer Neto se suicidou nesta segunda, dia 9, aos 48 anos, em Caxias do Sul (RS).
Natural do Paraná, ele sofria de transtornos psíquicos. Foi encontrado morto na sede da PF.
Schefer foi candidato a deputado federal e estava trabalhando em Caxias do Sul desde o final de junho. Em 2020, virou assessor do ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, comandado pela ministra/pastora Damares Alves.
Ficou famoso em maio de 2018, quando quebrou o equipamento de som utilizado por apoiadores de Lula na época em que o ex-presidente estava preso na Superintendência da PF.
Após o ataque, ele teria dito que estava nervoso e com dificuldades para dormir. Na prestação de contas de sua campanha, Schefer avaliou sua casa em R$80 mil. Em sites de venda de imóveis, as casas no local variam de R$200 mil a R$3 milhões.
Evangélico, Schefer seguia nas redes a conta de um clube de tiro e participava de grupos como “Curitiba contra o PT”, “Pena de morte sim” e “A nossa bandeira não é vermelha”.
Em entrevista a uma rádio em 2014, defendeu o armamento do “cidadão de bem”.
“Hitler foi um dos primeiros a fazer desarmamento da população. Tirando as armas da população fica fácil de pegar e atacar, fazer o que quiser”, disse, repetindo a idiotice que se popularizaria com Bolsonaro.
A organização do acampamento Lula Livre registrou ocorrência na 4ª DP.
Em nota, pedia-se que a Polícia Federal tomasse medidas disciplinares contra o delegado. “Do contrário, a instituição se tornará cúmplice de mais este atentado”, lembrava o texto.
Nada foi feito, evidentemente.