O delegado Alexandre Saraiva, que gerou repercussão durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro por denunciar o aparelhamento da Polícia Federal, foi afastado da corporação por 31 dias por “transgressões disciplinares”. A decisão foi assinada pelo diretor-geral, Andrei Rodrigues, e publicada em um boletim interno na última segunda (22). A informação é do jornalista Leandro Fortes, do DCM TV.
O afastamento foi recomendado por comissão da própria corporação, ratificada pela corregedoria-geral. O procedimento argumentou que Saraiva cometeu infração disciplinar ao denunciar o então diretor-geral, Paulo Maiurino, “sem aval de sua chefia imediata”.
A punição também cita as entrevistas dadas pelo delegado à imprensa e a representação contra Maiurino por suposta improbidade administrativa. Ele foi alvo de uma sindicância aberta em outubro de 2022, que foi arquivada na superintendência do Rio e reaberta após o segundo turno das eleições daquele ano.
Ele foi candidato a deputado federal pelo PSB do Rio de Janeiro na ocasião e o colegiado entendeu que ele usou as denúncias e as entrevistas para ganhar notoriedade pública. Saraiva afirmou que está sendo alvo de perseguição na corporação após o afastamento.
“Esse processo administrativo é uma vingança. Ele foi gestado durante o governo Jair Bolsonaro e a comissão que avaliou o procedimento é formada por bolsonaristas”, alega. Ele ainda diz que não usou o cargo para fins eleitores e que seus superiores não foram informados na época das denúncias para que os chefes não fossem prejudicados.
O delegado ainda afirmou que vai recorrer ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, para tentar reverter a Justiça. O atual diretor da PF só acompanhou a decisão da corregedoria por ser “complicado negar monocraticamente a decisão de uma comissão”, segundo Saraiva.
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