Na noite desta sexta (24), a Policial Militar Vaneza Lobão, de 31 anos, foi assassinada a tiros de fuzil na porta de sua residência em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Vaneza desempenhava suas funções na 8ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) e concentrava seus esforços na investigação de milicianos e contraventores, área subordinada à Corregedoria-Geral da Polícia Militar.
Vaneza era formada em Direito e integrava a corporação da Polícia Militar desde 2013. Reconhecida como uma profissional exemplar, ela havia sido agraciada com o distintivo de “Lealdade e Constância” da PM. A oficial também alcançou a pontuação máxima durante o curso especial de formação de cabos.
O risco das investigações sobre as milícias fluminenses fazia seus parentes e amigos questionarem o motivo pelo qual ela não abandonava a polícia para se dedicar à advocacia, sua área de formação. A PM, contudo, era apaixonada pela carreira militar e não desejava uma mudança de ares.
Andreza Lobo, irmã mais velha de Vaneza, revelou que o militarismo não era o único fascínio da PM. Ela também nutria uma grande paixão pelo futebol e por sua esposa, Thaís, com quem compartilhava a vida há alguns anos. Vaneza mantinha discrição sobre suas atividades profissionais em casa e foi descrita pela irmã como alguém “dedicada até demais” ao trabalho.
O disque denúncia do RJ está oferecendo uma recompensa de R$5 mil por informações que possam levar à prisão dos assassinos. Segundo informações, os criminosos estavam encapuzados dentro de um carro preto enquanto aguardavam a saída da PM. No momento em que ela estava fechando a garagem, eles efetuaram os disparos fatais.