Delirando, procurador da Venezuela afirma que Lula fingiu acidente para evitar ida a BRICS

Atualizado em 26 de outubro de 2024 às 17:05
O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, voltou a atacar Lula. Foto: Reprodução

O procurador-geral do Ministério Público da Venezuela, Tarek William Saab, fez uma delirante acusação neste sábado (26), afirmando que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “manipulou” o acidente que sofreu antes da cúpula dos Brics para justificar sua ausência e vetar a entrada do governo de Nicolás Maduro.

Em um texto publicado nas redes sociais, Saab não apresentou nenhuma evidência concreta para sustentar suas alegações e afirmou que a versão do acidente que impediu Lula de viajar à Rússia foi enganação. O procurador citou um vídeo do primeiro evento público de Lula após o acidente, onde, segundo ele, o presidente reapareceu “sorridente e ileso”, o que, na visão de Saab, evidenciaria um cinismo por parte de Lula.

O procurador-geral também expressou que o governo brasileiro havia agido de forma “indigna e nefasta” ao vetar a participação da Venezuela na cúpula. Saab alegou que essa postura gerou um “grande mal-estar na esquerda latino-americana” e que Lula estava seguindo as diretrizes de seus “inimigos históricos”. Recentemente, Saab havia gerado polêmica ao afirmar que Lula se tornara um porta-voz da “esquerda cooptada pela CIA”, embora essa opinião tenha sido posteriormente dissociada do governo de Maduro.

Na foto, o corte na cabeça do presidente Lula após queda.

A chancelaria venezuelana, por sua vez, classificou como uma “agressão” a atitude do Brasil em impedir a entrada da Venezuela nos Brics. Em comunicado, o governo expressou indignação e vergonha pela postura do Itamaraty, acusando-o de manter as piores políticas da administração anterior de Jair Bolsonaro em relação à Revolução Bolivariana.

Apesar das acusações e polêmicas, o governo brasileiro tem evitado comentar sobre as declarações de Saab. Fontes diplomáticas indicaram que a orientação, pelo menos no momento, é ignorar as publicações do procurador-geral e evitar repercussões.