No próximo dia 8, Brasília (DF) sediará o evento “Democracia Inabalada”, promovido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em resposta aos ataques golpistas às sedes dos Três Poderes ocorridos há um ano. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convidou ministros da Corte, e a cerimônia contará com a presença de cerca de 500 convidados, incluindo autoridades e representantes da sociedade civil.
Cada participante será responsável por custear seus gastos e organizar a viagem a Brasília. A lista de confirmados deve ser finalizada até sexta-feira (5). Após os ataques, 30 pessoas foram condenadas pelo STF, com penas variando de 13 a 17 anos de prisão, enquanto a Procuradoria-Geral da República denunciou 1.390 pessoas pela participação nos atos golpistas.
A cerimônia contará com discursos de seis autoridades, incluindo Lula, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Arthur Lira, Rodrigo Pacheco e Fátima Bezerra. Entre os presentes, também são esperados o vice-presidente Geraldo Alckmin, o procurador-geral da República Paulo Gonet, a ex-presidente do STF Rosa Weber e a primeira-dama Rosângela da Silva.
Durante o evento, será realizado um momento simbólico em homenagem às obras destruídas nos ataques, incluindo a entrega simbólica da tapeçaria de Burle Marx, restaurada após ser danificada pelos vândalos. Além disso, será feita a restituição simbólica de um exemplar da Constituição Federal furtada pelos bolsonaristas e posteriormente recuperada.
A Secretaria-Geral da Presidência enviou pedidos ao Senado para convidar 130 movimentos sociais e sindicais, bem como entidades da sociedade civil. O plano de segurança para o evento, marcado para 8 de janeiro de 2024, será finalizado em reunião conjunta de autoridades do Distrito Federal e do governo federal, com monitoramento diário e reforço policial na data.
Representantes da Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal, Força Nacional, Secretaria de Segurança Pública do DF, Senado, Câmara, Supremo e Gabinete de Segurança Institucional participarão da reunião. O Ministério da Justiça e Segurança Pública está monitorando convocações nas redes por meio da área de cyberlab.
O secretário da Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar, afirmou que haverá cuidados específicos para a segurança do evento no Senado Federal e reforço do Exército, se necessário, para a segurança do Palácio do Planalto.