Uma nova denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Shirley Faethe de Andrade, envolvida nos atos golpistas do 8 de janeiro, revelou novos detalhes sobre os bastidores dos atos terroristas ocorridos naquele dia na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Com informações do colunista Lauro Jardim, do Globo.
Shirley, uma paranaense de Maringá, enviou mensagens de texto e áudio no WhatsApp que mostram um plano de “tomada de poder” em Brasília. Os diálogos foram encontrados em um celular apreendido durante os ataques, e a denúncia foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
As conversas no celular de Shirley sugerem comportamentos violentos, incluindo ataques diretos ao STF. Em uma mensagem, ela escreveu: “Bolsonaro deveria é entrar dentro do STF com uma metralhadora e metralhar todos os ministros, kkk”. A denúncia assinada por Paulo Gonet destaca como Shirley incitava ações violentas, indicando a necessidade de se preparar com máscaras de gás, spray de pimenta, coletes e capacetes. Em uma conversa, ela alertou: “bala de borracha não vai faltar”.
Depois dos atos de vandalismo no Congresso, Shirley foi gravada dizendo: “daqui não sairemos até que seja decretada a GLO” e “só sai se o Exército vir. Senão nós vai (sic) preso”. A GLO, ou Garantia da Lei e da Ordem, é uma medida excepcional que permite ao Exército atuar em operações de segurança pública, geralmente após uma solicitação oficial do governo.
A mulher também forneceu instruções sobre como lidar com gás lacrimogênio e incitou outros a usar um “kit” de objetos para autodefesa durante os atos, incluindo óculos e luvas de couro para “pegar a bomba de gás e jogar no galão de água”. Ela alertou que a luta seria intensa e reconheceu a possibilidade de serem presos.
Após isso, a PGR denunciou Shirley Faethe de Andrade por quatro crimes relacionados aos eventos do 8 de Janeiro. Essa denúncia expõe a premeditação e a organização por trás dos atos golpistas.
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