Parece que a casa caiu para a “doutora” Deolane: ela foi presa, junto com a mãe, em um hotel de luxo em Recife.
A investigação que resultou em sua prisão tem como alvo uma organização criminosa que já movimentou 3 bilhões de reais em apenas quatro anos.
O esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais em que a ré está envolvida vinha sendo investigado em sigilo, e, além da prisão, Deolane teve seus bens bloqueados.
Ela não foi a única: o ex BBB e estelionatário Nego Di foi preso por estelionato, lavagem de dinheiro e uso de documentos falsos.
As bets, aliás, são um câncer dentro do câncer: uma das grandes catástrofes sociais que vivemos nesses tempos, e que vem sempre com um influencer como porta-voz.
Nunca se viu tanta gente “influente” – e canalha – incentivando trabalhadores a perderem tudo o que têm nesse tipo de aposta online.
Incentivar esse tipo de prática não é apenas imoral, mas também dá cadeia (finalmente gente rica sendo presa neste país).
Já Gusttavo Lima – mais influenciador do que cantor sertanejo – recebia 15 mil reais por dia para divulgar jogos de azar. Oficialmente.
Alvo da mesma investigação que resultou na prisão de Deolane, o sertanejo teve sua aeronave apreendida. Ela foi vendida para o dono da Vai de Bets, seu “patrocinador”. Estavam todos no iate em Mykonos.
A polícia não revelou, até o momento, a relação entre a aeronave e o esquema, mas uma coisa é certa: a batata dele está assando (e não só a dele).
Imagina você ser bilionário e destruir a vida de várias pessoas viciadas em apostas (e ainda as que não são!) pra ganhar mais dinheiro?
Sua ganância e falta de escrúpulos os levam a querer sempre mais, mesmo que isso signifique prejudicar outras pessoas e cometer crimes.
Nego Di saiu do BBB com uma mão na frente e outra atrás, um perdedor. Embora não justificável, é possível entender o que o levou a ser um estelionatário condenado.
Já Deolane e Gustavo são riquíssimos explorando pobres.
Sempre que escrevo sobre influenciadores, recebo enxurradas de comentários e mensagens ofensivas, cuja mais comum é: invejosa (risos)
As pessoas estão tão cegas por subcelebridades que mostram uma vida luxuosa nas redes sociais que se recusam a enxergar que ter influenciadores em uma sociedade emburrecida é perigosíssimo, e que toda aquela ostentação é fruto de atividades ilegais ou, no mínimo, imorais. Veja o Pablo Marçal.
Todos os influencers, sem exceção, vivem de expor sua intimidade na internet, na maioria das vezes forjando uma vida que uma pessoa comum não é capaz de alcançar.
Isso, por si só, deveria ser suficiente para que essa “profissão” deixasse de existir, mas ainda não é o pior.
O pior é que essa gente, além de viver às custas de mentira e encenação, comete, não raramente, uma série de crimes.
A investigação segue a todo vapor em vários estados do país, e eu posso apostar que muitas cabeças rolarão.
A questão, entretanto, só será realmente contornada quando essa raça deixar de existir, ou quando seus “seguidores” lutarem contra essa idiotia coletiva e enxergarem que influenciador não merece confetes, merece desprezo.
(Quanto a mim, não sei o que fazer com tanta inveja que estou sentindo desses três).
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