Depois de Zambelli, aliados de Bolsonaro buscam Moraes e são ignorados; entenda

Atualizado em 1 de março de 2023 às 14:06
O presidente do TSE, o ministro Alexandre de Moraes
Foto: Reprodução

Três políticos aliados de primeira hora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) procuraram o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, nos últimos dias, mas foram devidamente ignorados.

Os bolsonaristas que procuraram o ministro foram o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o deputado e pastor evangélico Otoni de Paula (MDB) e a deputada Carla Zambelli (PL).

Os apoiadores estavam procurando Moraes por um único motivo: tentar mostrar ao magistrado que o discuso bélico, sustentado por toda base bolsonarista, contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o TSE, ficou para trás. Parece até que “se esqueceram” do ex-capitão, que fugiu para os Orlando, nos Estados Unidos. Nos últimos dias, o ex-presidente recebeu a visita de outros apoiadores em casa.

“Bolsonaro não ganhando, a gente tem que virar a chave. Qualquer impeachment no STF, o substituto vai ser indicado por Lula. Pode entrar uma pessoa que faça as maldades do Alexandre de Moraes parecerem uma criança chupando picolé”, declarou a deputada.

Os contatos foram feitos em momentos diferentes, mas o ministro não recebeu nenhum dos políticos, que também carregavam motivos “pessoais” no encontro com Moraes. No caso de Valdemar e Otoni, foram enviados interlocutores para representar as vontades das duas autoridades. Já Zambelli esteve pessoalmente atrás de Moraes, segundo o colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles.

Além do objetivo em conjunto, o pastor evangélico está correndo para conseguir recuperar acesso às suas redes sociais. O presidente do PL, ainda sente as dores da multa aplicada por Moraes por ter questionado as urnas, e procura soluções. Zambelli, por sua vez, tenta afastar o risco de uma eventual cassação e quer se propor como “elo” para melhorar a relação entre o Legislativo e o STF.

Ainda assim, a cúpula do Partido Liberal não ficou satisfeita com a bandeira branca levantada pela deputada. As declarações de Zambelli soaram como uma “subserviência excessiva” a Moraes.

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