Vladimir Putin pode estar preparando uma limpeza étnica na Ucrânia. A possibilidade foi evocada em entrevista ao DCM pela deputada Valéria Faure-Muntian, nascida em Kilia, oeste ucraniano, naturalizada francesa.
“O que deve se temer é que se ele conseguir tomar o poder na Ucrânia, quais seriam suas ações de ‘desnazificação’? Será uma limpeza étnica? Será o retorno dos gulags? A questão se coloca”, afirma a presidenta do grupo parlamentar de amizade França-Ucrânia, sobre a necessidade defendida pelo presidente russo de “desnazificar” o Estado ucraniano.
“É uma aberração. Não tem sentido nenhum. Na Ucrânia, como no mundo inteiro, você pode encontrar pessoas mais à esquerda, mais à direita, mais ao centro. Daí a dizer que a Ucrânia é um país nazista, é dizer um absurdo”.
“Olhe para as origens de Zelensky e o que a família passou durante a Segunda Guerra Mundial. Parece-me aberrante que haja pessoas que acreditem no que diz Putin nessa questão”.
A presidente do grupo parlamentar de amizade França-Ucrânia refuta o discurso “justiceiro” do Kremlin ao país em que viveu até seus 14 anos. “A Rússia não tem nenhum direito, nenhum poder, nenhum mandado para fazer justiça no território ucraniano.”
“Os que estão no poder hoje não tem absolutamente nada a ver com os que estavam no poder durante a Revolução de Maidan.” O levante derrubou o presidente pró-russo Viktor Ianoukovytch em 2014 depois que ele suspendeu o acordo de associação com a União Europeia em prol da Rússia.
Para a deputada, as consequências da guerra serão duradouras, inclusive do lado russo. “A Rússia se isolou por várias gerações. Eu não pensava que Vladimir Putin fosse capaz de fazer isso com seu próprio país, ostracizá-lo, cortá-lo do resto do mundo, tão violentamente.”
Ela alerta também para os riscos mundiais da guerra, principalmente para a África. “Antes do conflito, a Ucrânia e a Rússia eram grandes fornecedores de matérias primas agrícolas, principalmente cereais. O fato de que eles não possam mais fornecê-los vai produzir uma penúria no mundo e sobretudo no continente africano.”
O que não lhe parece duradoura é a posição do presidente brasileiro. “A neutralidade não poderá durar muito tempo hoje mundialmente.”
Nesta entrevista, a deputada, em contato direto com fontes na Ucrânia, analisa a postura chinesa diante do conflito, que na sua visão se dessolidariza da Rússia.
Quanto às perspectivas para seu país de origem, ela vê destruição e recuperação. “A Ucrânia é colocada de joelhos por Vladimir Putin, mas ela se levantará de novo, com a ajuda do Ocidente.”
Se reconhecer a anexação da Crimeia, como propõe Putin, é uma possibilidade, “cabe à Ucrânia decidir o que ela deseja fazer e os sacrifícios que ela deseja fazer para preservar o resto do território.”
“Tudo deverá ser reconstruído na Ucrânia”.
DCM: Qual é a sua leitura da guerra que ocorre hoje entre a Ucrânia e a Rússia?
Valeria Faure-Muntian: É a Rússia que ataca a Ucrânia. Penso que é importante colocar as coisas em ordem. Hoje, a Rússia invade a Ucrânia e a bombardeia. Há ações militares de alta intensidade sobre o território ucraniano.
O que é paradoxal, como eu já lhe havia dito na última vez em que conversamos, é que depois de dois anos em que todos os países do mundo protegeram suas populações da Covid-19, há uma tomada de decisões de ataque em massa, militar e de invasão de fronteiras soberanas de um país no continente europeu.
Essa guerra na Ucrânia tem consequências muito amplas para a Ucrânia, claro, mas também para a Rússia e o resto do mundo.
O que faz com que diversos analistas e inclusive a senhora, na última vez em que havíamos nos falado, não acreditassem numa invasão por parte da Rússia?
Por que não havia uma razão para fazê-lo. Estrategicamente é um desastre. Eu tenho tendência a dizer nesse momento que a Ucrânia é colocada de joelhos por Vladimir Putin, mas ela se levantará de novo. Ela se levantará com a ajuda do Ocidente.
A Rússia se isolou por várias gerações. Eu não pensava que Vladimir Putin fosse capaz de fazer isso com seu próprio país, ostracizá-lo, cortá-lo do resto do mundo, tão violentamente. Não acreditando que ele fosse capaz de fazer isso com seu próprio país, evidentemente eu não acreditava que ele fosse capaz de entrar na Ucrânia militarmente.
O que dizem seus interlocutores que estão na Ucrânia nesse momento?
Eles estão em modo combativo. Eles não querem ceder nada. Eles querem preservar sua democracia e sua liberdade. Então, eles lutam.
Como você avalia a resposta ocidental à invasão russa?
Ela está hoje à altura. Ela se organizou. A União Europeia tomou decisões fortes, sanções fortes, a decisão de enviar ajuda humanitária, mas também militar à Ucrânia é algo nunca antes visto, é algo sem precedentes na União Europeia. A União Europeia é forte frente ao invasor russo na Ucrânia.
A OTAN ou os exércitos europeus deveriam ter intervindo diretamente na Ucrânia?
No mundo em que isso não provoca uma Terceira Guerra Mundial, sim. Mas o fato de trazer uma resposta militar em solo ucraniano à Rússia provocaria um conflito mundial sem precedentes. Ninguém quer chegar a esse ponto.
Então se apoia a Ucrânia fornecendo meios de defesa e cortando meios de financiamento da guerra à Rússia.
A via das sanções econômicas será suficiente para parar Putin ou fazê-lo remover suas tropas?
Não será a única resposta que levará ao fim do conflito. É evidente. Agora, demonstramos por essa via que a Ucrânia é um país apoiado, que a Ucrânia é um país que tem meios para se defender.
Ao cortar a capacidade da Rússia de financiar a guerra, esperamos que ela não vá mais longe e que Putin irá à mesa de negociações com o presidente Zelensky e também com os representantes da União Europeia como a França, a Alemanha ou os dois.
Em relação ao discurso de Vladimir Putin que precede à invasão e que ele mantém, o de que há uma operação de “desnazificação” a fazer na Ucrânia”, trata-se realmente de uma “desnazificaçao”?
É uma aberração. Não tem sentido nenhum. Na Ucrânia, como no mundo inteiro, você pode encontrar pessoas mais à esquerda, mais à direita, mais ao centro. Daí a dizer que a Ucrânia é um país nazista, é dizer um absurdo.
Olhe para as origens de Zelensky e o que a família passou durante a Segunda Guerra Mundial. Parece-me aberrante que haja pessoas que acreditem no que diz Putin nessa questão.
Por outro lado, o que deve se temer é que se ele conseguir tomar o poder na Ucrânia, quais seriam suas ações de “desnazificação”? Será uma limpeza étnica? Será o retorno dos gulags? A questão se coloca.
Quais são os elementos que indicam essa perspectiva?
Não há elementos por enquanto porque o estado de guerra é total em território ucraniano. Agora, em relação ao discurso de segunda-feira pelo presidente Putin, havia elementos de linguagem que poderiam fazer acreditar que haveria ações em território ucraniano de que ele quer fazer justiça para os mortos de Maidan e que para fazê-lo ele precisaria tomar o poder na Ucrânia.
Ele conseguirá? Essa é uma outra questão que eu espero sinceramente que não.
O Tribunal Penal Internacional iniciou uma investigação preliminar na Ucrânia e identificou fortes indícios de crimes contra a humanidade cometidos durante a Revolução de Maidan e se diz muito preocupada com a situação atual. Qual é o estado da questão dos direitos humanos hoje na Ucrânia?
Na Ucrânia, a guerra é uma questão de sobrevivência da população civil e sua capacidade a deixar o país, principalmente as mulheres, as crianças e as pessoas idosas.
Você retoma um episódio da história ucraniana, um episódio forte, um episódio dramático, uma revolução da Ucrânia. Evidentemente as investigações devem ser feitas, que os responsáveis por matanças na praça de Maidan sejam levados aos tribunais. Isso justifica o que acontece hoje na Ucrânia? Absolutamente não.
Em todo caso, a Rússia não tem nenhum direito, nenhum poder, nenhum mandado para fazer justiça no território ucraniano. E quanto à matança que está sendo feita de populações civis, porque os bombardeios deixaram mais de 100 mortos ontem (segunda-feira, 28 de fevereiro), já há crianças que são vítimas dessa guerra, você acredita que é o meio correto para julgar os responsáveis do que foi feito na Revolução de Maidan? Eu acredito que não.
Os que estão no poder hoje não tem absolutamente nada a ver com os que estavam no poder durante a Revolução de Maidan. Lembro-lhe que o poder na época
deixou a Ucrânia para a Rússia.
Você faz referência ao presidente pró-russo que foi para a Rússia depois de sua destituição.
Exatamente.
Tratou-se de um golpe de estado, como disse o Estado russo e esse presidente destituído?
Eu não vou fazer hoje uma análise do que aconteceu em Maidan. Mais uma vez, foi uma revolução. O povo ucraniano se levantou para proclamar sua vontade de entrar na União Europeia e reafirmá-la.
Houve muitas perdas humanas na Ucrânia. As pessoas foram às ruas para defender seus valores. Eles foram mortos por isso. É preciso que a justiça seja feita quanto a isso, eu não o nego, mas nada justifica o que está acontecendo em solo ucraniano.
Eu penso que é preciso desconectar as duas ações e manter hoje por único responsável o presidente Putin pelo que acontece hoje.
A ação de Putin é um ato de imperialismo, ou ele é um imperialista, na sua visão?
Potencialmente. Eu penso que ele acredita na grandeza da Rússia e que ele lamenta a União Soviética de uma certa maneira. Até onde ele é capaz de ir para satisfazer seus anseios imperialistas, eu não sei.
O presidente brasileiro desautorizou o discurso do vice-presidente do país, que havia proposto o uso da força contra a Rússia. Bolsonaro disse que o Brasil deveria ser neutro nesse conflito. Essa posição lhe parece adequada?
A neutralidade não poderá durar muito tempo hoje mundialmente. Essa agressão é histórica. Não houve conflito armado com violação de fronteiras soberanas há décadas na Europa. Manter uma neutralidade vai ser complicado.
As questões do Brasil estão ligadas ao comércio com a Rússia e tudo que tem a ver com a agricultura. Em relação à Ucrânia, a questão vai ser um pouco diferente mas no mesmo âmbito, a difusão de matérias primas. Antes do conflito, a Ucrânia e a Rússia eram grandes fornecedores de matérias primas agrícolas, principalmente cereais. O fato de que eles não possam mais fornecê-los vai produzir uma penúria no mundo e sobretudo no continente africano.
Eu compreendi, corrija-me se necessário, que o Brasil é dependente dos produtos químicos agrícolas russos. Então eu penso que é muito difícil para o Brasil paliar a penúria que será proveniente da Ucrânia e da Rússia, sem os produtos russos que permitem a manutenção das plantações.
Certas correntes e militantes de esquerda no Brasil tomam posição ao lado de Putin nessa guerra e estimam que fazê-lo é lutar contra o imperialismo que encarna a OTAN. Esse argumento faz sentido para você?
É muito complicado analisar esse tipo de discurso. Há dois impérios que se confrontam desde a Guerra Fria. Acreditava-se que havia acabado e hoje percebe-se que talvez não seja o caso. É evidentemente o caso da potência americana e da potência russa. A potência econômica chinesa não é neutra. No entanto, ela é muito menos beligerante do que as duas citadas anteriormente.
O fato de que Vladimir Putin se sinta agredido pela OTAN me parece paranoico da sua parte. Os Estados Unidos e a OTAN têm uma tendência de expansão natural. Efetivamente, quando se tem o monopólio sobre uma certa quantidade de assuntos, expande-se o mais amplamente possível.
É preciso evitar o monopólio. Por isso o presidente Emmanuel Macron desejava que organizássemos uma defesa europeia. Agora, no século XXI, sem que tenha havido qualquer agressão, considerar que a OTAN será uma potência agressiva em relação à Rússia me parece precipitado e paranoico.
A OTAN não devia e não poderia atacar a Rússia e certamente não o teria feito simplesmente porque a Rússia possui a bomba nuclear. Ninguém quer ter uma Terceira Guerra Mundial. Ninguém. Que a Rússia se sinta agredida, ela pode dizê-lo. Que Putin queira negociar, ele pode dizê-lo. Mas que ele ataque, ou que ele viole a soberania de um Estado e que pessoas inocentes morram, não é aceitável. Não hoje.
Putin propõe o reconhecimento da anexação da Crimeia. Essa posição lhe parece aceitável?
Cabe aos ucranianos decidirem os sacrifícios que estão dispostos a fazer para preservar sua soberania e parar a guerra. Enquanto parlamentar francesa, não cabe a mim tomar esse tipo de decisão, cabe ao povo ucraniano.
Hoje, meu presidente Emmanuel Macron faz de tudo para que o diálogo diplomático perdure. Ele se reuniu ontem com Vladimir Putin sobre os bombardeios de residências civis para evitar que isso se reproduza. Em relação a territórios como a Crimeia e o Donbass, cabe à Ucrânia decidir o que ela deseja fazer e os sacrifícios que ela deseja fazer para preservar o resto do território.
A OTAN foi relegitimada diante desse conflito?
Em todo caso, a questão sobre para que serve a OTAN, para que servem as defesas nacionais de cada país, ou para que serviu a defesa europeia, hoje sabemos que um conflito armado é possível. Havíamos esquecido. Estávamos persuadidos que no século XXI não funcionávamos mais assim.
Hoje vemos que o conflito armado pode explodir a qualquer momento e que a partir daí é preciso ter uma defesa. Então sim, de uma certa maneira, a OTAN foi relegitimada, em todo caso sua existência ou a necessidade de tê-la foi legitimada.
O presidente Zelensky assinou um pedido de adesão imediata da Ucrânia à União Europeia. Essa medida lhe parece necessária?
A presidente Von der Leyen se posicionou publicamente sobre o fato de que ela considera a Ucrânia como um país europeu. Ela disse exatamente “a Ucrânia é dos nossos, ela deve fazer parte da União”.
Penso que legitimamente Zelensky assinou o pedido de adesão, mas eu não sei em que medida a Comissão Europeia poderia estudar com rapidez esse pedido de adesão.
Uma corrente de esquerda critica a cobertura midiática da guerra na Ucrânia por estimar que ela é desequilibrada em relação às demais tragédias do mundo e simplista, na medida em que retrata Zelensky como um herói face ao tirano. Essa visão é racional na sua percepção?
Espera-se que os jornalistas façam seu trabalho, de investigação, de pesquisa e de verificação da fiabilidade da informação. A informação circula muito rápido nas redes sociais e então tudo se sabe .
Se os jornalistas não fazem a verificação da fiabilidade das informações e não equilibram a apresentação de teses, eles são equivalentes aos jornalistas autoproclamados das redes sociais. É sempre útil que os jornalistas e a imprensa convencional façam seu trabalho de investigação e apresentar diversas teses.
Agora Zelensky é extremamente popular graças à liderança que ele impôs nesse conflito armado, dado o fato de que ele está superpresente nas redes sociais para apoiar suas tropas e lançar mensagens contra a Rússia e contra o Ocidente.
Há uma leitura enviesada, mas natural uma vez que o agressor é russo. Foi a Rússia que entrou no território ucraniano, que violou a soberania dessa fronteira e que bombardeia, sem atenção, a população civil. Você não pode dizer outra coisa senão a realidade dos fatos.
O heroísmo de uns e outros é uma percepção totalmente subjetiva. Eu convoco a imprensa convencional a fazer seu trabalho de investigação e apresentar elementos tangíveis, objetivos e não fazer sensacionalismo sobre a emoção. As redes sociais o fazem muito bem.
A decisão europeia de banir os canais russos RT e Sputnik deveria ser replicada em outros países democráticos?
Objetivamente falando, um país não pode autorizar a presença em seu território de mídia financiada por um Estado agressor, que difunde informações tais quais esse Estado decidiu.
Os jornalistas russos são proibidos de pronunciar as palavras “guerra”, a palavra “agressao”, seu léxico é sempre uma “intervenção militar para a manutenção da paz”. Eu não tenho a impressão de que as imagens que chegam de Kiev, Kharkiv ou de Kherson possam ser qualificadas de “manutenção da paz”.
Então, na sua visão, os países democráticos não podem continuar difundindo esses canais russos?
Exatamente.
Em relação às informações recebidas pelos ucranianos desde o início da Guerra e inclusive desde a evacuação do Donbass, qual o estado de precisão das informações que circulam no país ou de confusão?
Eu tenho a impressão de que a informação é fiável. O conjunto da imprensa ucraniana se uniu para poder emitir as informações mais fiáveis, o que é ainda mais importante uma vez que as pessoas estivessem a ponto de deixar o país e para isso é preciso ter certeza dos pontos de passagem seguras, dos lugares onde a guerra destrói e onde não se deve ir quando se é um civil.
Mas há também as redes sociais e os aplicativos de mensagem instantânea, que permitem difundir informações, que quando eu as verifico na França aparecem como fiáveis.
Não se deve negligenciar a desinformação, que vem principalmente da Rússia e essa desinformação circula ainda e a cada vez esperamos a confirmação ou seu desmentimento por parte do governo.
O que a senhora vê no horizonte dessa guerra?
Eu tenho dificuldades de prever perspectivas. Eu gostaria que o conflito terminasse o mais rápido possível, que todo mundo fosse para a mesa de negociação, que soluções viáveis e fiáveis fossem encontradas.
Sem colocar sob em perigo a autonomia do povo ucraniano e sua capacidade de decidir seu futuro, de seu regime e sua orientação futura.
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Na nossa conversa anterior, a senhora falava em consequências desastrosas para a economia da Ucrânia antes mesmo da agressão russa. O que esperar para o futuro do país?
O país inteiro deverá ser reconstruído. Quando se vê a destruição em Kiev, quando se vê a destruição em Kharkiv, quando se vê que a maioria dos aeroportos foram bombardeados, que o avião An-225 Mriya, o maior do mundo, que permitiu o transporte de ajuda, de máscaras durante a crise sanitária, foi queimado, tudo deverá ser reconstruído na Ucrânia. Precisarão de muita ajuda financeira para fazê-lo.
Você teria outras considerações a fazer, perguntas que não são feitas e quem devem sê-lo?
As consequências dessa guerra. Precisa-se colocar na mesa as consequências dessa guerra para o mundo inteiro. Além da crise financeira com a inflação, a questão da penúria de matérias primas agrícolas, a duração dessa crise, o impacto sobre o continente africano, a questão humanitária, como instalar de maneira duradoura e qualitativa os refugiados ucranianos, que são na maior parte das vezes as mulheres, as crianças e pessoas idosas no conjunto do território europeu durante o tempo em que a guerra continuar a destruir na Ucrânia.
É um assunto de importância crucial porque são essas pessoas que irão reconstruir o país.
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