Deputado bolsonarista que atacou Freixo é alvo de denúncia por violência política

Atualizado em 16 de julho de 2022 às 15:20
Jair Bolsonaro, Rodrigo Amorim e Flávio Bolsonaro

Na manhã deste sábado (16), na Praça Saens Peña, na Tijuca, o deputado bolsonarista Rodrigo Amorim (PTB) e apoiadores armados atacaram militantes em um ato de Marcelo Freixo, candidato do PSB ao governo do Rio de Janeiro. Mas esse não foi o primeiro ato violento do parlamentar.

No inicio deste mês, ele foi denunciado por crime político e de gênero pela Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) no Rio de Janeiro, órgão do Ministério Público (MP).

O deputado teria assediado, constrangido e humilhado Benny Briolly, vereadora do PSOL em Niterói, durante um discurso no dia 17 de maio, em que a chamou de “aberração”. Para o ógão, o crime eleitoral teria como intuito impedir e dificultar o desempenho do mandato da vereadora.

Rodrigo Amorim já foi denunciado por crime político e de gênero contra a vereadora Benny Briolly
Vereadora do Rio de Janeiro Benny Briolly e deputado estadual bolsonarista Rodrigo Amorim. Fotos: Reprodução

As declarações ocorreram durante uma discussão entre Amorim e outra vereadora psolista, Renata Souza, em uma sessão ordinária na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). A deputada reclamou de interrupções e ofensas de bolsonaristas que vaiavam e gritavam durante o debate.

O bolsonarista então começou a xingar outros parlamentares do partido, ofendendo Briolly diretamente.

“Vai xingar outro! Hoje, na Câmara Municipal, um vereador que parece um porco humano [Tarcísio Motta, do PSOL] tava lá chorando dizendo que eu era gordofóbico. Mas ela [Renata Souza] pode se referir aos outros como boi”, disparou Amorim. “Talvez não enxergue sua própria bancada, que tem lá em Niterói um boizebu, que é uma aberração da natureza, que é aquele ser que tá ali [Benny Briolly, do PSOL], e eles não enxergam!”.

Os procuradores que assinam a denúncia afirmam: “Admitindo-se que o Deputado ou qualquer parlamentar possa assediar, constranger, humilhar e subjugar outra parlamentar mulher e impedi-la de exercer seu mandato, agredindo-a de forma aviltante, invalida-se a norma penal e o crime de violência política de gênero”.

Para a PRE/RJ, a divulgação das ofensas e humilhações causaram grave dano político à vítima em relação à sua imagem diante de seu eleitorado e dos demais eleitores.

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