A intermediação da ligação feita entre a família do petista assassinado em Foz do Iguaçu e o presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) foi feita pelo deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ). Tal contato foi feito nessa terça-feira (12).
Chegou ao parlamentar a informação de de que a família de Marcelo Arruda era “plural”, e que dois irmãos da vítima eram bolsonaristas.
O deputado é dono de um discurso violento e já ameaçou o ex-presidente Lula e seus correligionários.
Por ocasião de um discurso do líder petista na Central Única dos Trabalhadores em abril desse ano, em que Lula sugeria a criação de novas formas de pressão aos parlamentares. Otoni reagiu com violência: “Lá no Rio a gente tem um método de tratar bandido, e é na bala”.
Para quem não se lembra, esse é o deputado Otoni de Paula, que intermediou a conversa entre Bolsonaro e os irmãos de Marcelo Arruda (apoiadores de Bolsonaro). Como todo bolsonarista, Otoni gosta de gritar que resolve as coisas na bala. pic.twitter.com/GpBMmfpjIq
— gente de mal (@gentedemal) July 12, 2022
Otoni é pastor evangélico e já se envolveu em polêmica com a cantora Anitta, a quem perguntou se era uma “cantora ou uma garota de programa”.
Na conversa com Luís e José Arruda, Bolsonaro não se solidarizou em momento algum com a família enlutada e reclamou da imprensa.
“Por mais que, porventura, tenha tido uma troca de palavras grosseiras [antes do crime] não justifica o cara [o bolsonarista] voltar armado e fazer o que fez”, disse. “No meu entender, nada justifica o que aconteceu. Nada justifica”.
Ao dizer que a imprensa quer colocar a ”culpa em seu colo”, ele se queixou de que a esquerda ”politizou” o crime. “A gente busca sempre a paz. Vocês nunca viram eu (sic) estimulando qualquer tipo de atrito, apesar de grande parte da imprensa dizer exatamente o contrário”.