O deputado estadual Paulo Fiorillo (PT) ingressou nesta quarta-feira, 27, com requerimento de Informações solicitando do governador João Doria dados sobre a reforma realizada no Palácio dos Bandeirantes, como adiantou o DCM em reportagem publicada no início deste mês.
Doria mudou várias alas do local, mas não informou quanto gastou com as obras e nem deu detalhes sobre o conceito da nova decoração, que segue a tendência de seu escritório particular na região dos Jardins.
A execução do projeto tem assinatura do escritório da arquiteta Jóia Bergamo, especializada no mercado de luxo.
No seu pedido de informações, Fiorillo quer saber se alguma empresa foi contrata para executar as obras, e, em caso positivo, qual? O deputado também solicita acesso ao contrato e ao valor do serviço.
As reformas mudaram drasticamente a cara dos ambientes internos do Palácio, projetado pelo arquiteto italiano Marcello Piacentinni a pedido do Conde Francisco Matarazzo para abrigar no local uma Universidade com o seu nome.
As salas com madeira, em tons marrom e paredes claras, foram pintadas de preto e cinza, incluindo o piso. A ala residencial foi transformada em escritório já que o governador decidiu continuar morando em sua mansão no Jardim Europa.
Um novo banheiro foi construído para uso exclusivo de Doria.
Como o Governo não revela os custos do investimento nem dá detalhes, o deputado petista pediu para saber se as obras foram executadas a partir do aditamento de algum contrato de empresa prestadora de serviços ao Estado. Pede ainda que sejam discriminados todos os pagamentos.
Paulo Fiorillo também quer saber que tipo de negociação foi feita entre o Estado e o escritório de arquitetura da decoradora Jóia Bergamo, com detalhamento do projeto.
Por fim, solicita que o governador informe sobre o acervo artístico do Palácio – composto de 4000 obras –, se o Condephaat foi consultado e se existe algum projeto de tombamento do imóvel.
Essa celeuma iniciou quando funcionários do Bandeirantes procuraram o DCM para contar sobre a transformação que João Doria estava realizando no prédio.
Apesar da dimensão da obra, o comando do Governo estava tratando o assunto como “manutenção de rotina, para conservação do patrimônio público”.
Agora, o governador tem um prazo de 90 dias para responder as indagações do deputado. Não fazendo, terá de se entender com o MP Estadual.
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Em sua página no Facebook, Christine Starr, ex-assessora do Cerimonial Internacional do Palácio, deu sua visão sobre o resultado estético promovido por Doria.