Janaína Paschoal estreou na Assembleia Legislativa de São Paulo nesta sexta, 15, com a posse dos novos deputados estaduais.
Campeã de votos nas urnas (mais 2 milhões), se revelou um fracasso na disputa contra seus pares: o PSL, seu partido, disputou os três cargos mais importantes da Mesa Diretora da Assembleia.
Não elegeu ninguém e Janaína foi a que recebeu menos apoio.
Indicada para disputar a presidência contra Cauê Macris, do PSDB, foi superada por 70 a 16 votos – a Assembleia tem 94 deputados.
A estrela bolsonarista ficou bem atrás do colega Major Mecca, que disputou a primeira Secretaria –segundo cargo mais importante – contra Ênio Tatto, do PT: Major Mecca recebeu apoio de 21 deputados, cinco a mais que Janaína, e Ênio Tatto, com 70 votos, acabou confirmado na vaga.
Na outra disputa importante em que o PSL se envolveu, Letícia Aguiar perdeu a segunda vice-Presidência para Ricardo Madalena, do PR, mas como Major Mecca superou Janaína nos apoios: teve 20 votos, contra 62 do adversário.
Deputados disseram ao DCM que Janaína se mostrou hostil em plenário.
Com exceção de Arthur Mamãe Falei (DEM), com quem trocou ideias o tempo todo, não cumprimentou os colegas e ainda berrou para condenar a relação entre os parlamentares do PT e do PSDB. Teve o microfone cortado duas vezes.
De positivo, mulheres com quem conversamos disseram que a campeã de votos não chega a ser um tipo de beleza, mas pessoalmente é mais bonita do que em fotografias.
“De fato ela não é uma pessoa fotogênica”, comentou uma assessora partidária.
Pela estreia, a expectativa é de que Janaína chegou para causar no parlamento estadual.
Ao redor do palácio 9 de Julho, janaminions se espalharam para forçar a vitória da candidata. Carros de som foram colocados ao lado e na entrada da Assembleia.
No átrio principal, houve confusão e empurra-empurra, com a PM tendo de intervir.
Em plenário, Arthur Mamãe Falei embarcou na onda da intimidação e peitou adversários, até ser contido pela turma do deixa disso.
Com exceção de Janaína e Arthur Mamãe Falei, hostis o tempo todo, não houve maiores reclamações com relação aos bolsonaristas do PSL.
O líder do partido, Gil Diniz, lá pelas tantas até já conversava animadamente com alguns petistas.