Descriminalizar drogas é remédio contra chacinas policiais em SP, RJ e BA. Por Leonardo Sakamoto

Atualizado em 3 de agosto de 2023 às 9:23
Alexandre de Moraes. (Foto: Reprodução)

Por Leonardo Sakamoto

Com o voto do ministro Alexandre de Moraes, nesta quarta (2), o placar para descriminalizar o uso de maconha para fins recreativos está 4 a 0 no Supremo Tribunal Federal. Se a corte confirmar a tendência, teremos dado um passo, ainda que pequeno, contra a falida guerra às drogas – que produz, anualmente, montanhas de mortos pelo tráfico e chacinas policiais em série – como as desta semana em São Paulo, na Bahia e no Rio – sem conseguir reduzir o consumo de psicoativos.

Pequeno passo, claro, considerando que a questão está bem mais avançada em outros lugares. No “subversivo” Estados Unidos, por exemplo, a erva é legal na capital Washington, em Nova York ou na Califórnia. Em países “atrasados”, como Alemanha, Espanha e Portugal, o uso pessoal de cocaína não é crime. Em nosso vizinho Uruguai, maconha pode ser comprada livremente por moradores. Em países como a Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, México e Peru, o usuário não é criminalizado.

Aqui estamos discutindo que o uso pessoal de maconha não seja crime.