Ao explicar sua decisão de abrir mão do mandato e sair do Brasil, Jean Wyllys citou a desembargadora Marília Castro Neves, a mesma que difamou Marielle Franco nas redes sociais.
Marília, diz Jean, “sugeriu a minha execução num grupo de magistrados no Facebook”.
Ela disse que era a favor de uma execução profilática, mas que eu não valeria a bala que me mataria e o pano que limparia a lambança.
Na sequência, um dos magistrados falou que eu gostaria de ser executado de costas. E ela respondeu: “Não, porque a bala é fina”.
Marília Castro Neves não descansa.
Absolutamente sem provas, ela diz agora que tem “certeza absoluta” de que Wyllys tem relação com Adélio Bispo de Oliveira, o homem que esfaqueou Jair Bolsonaro.
A acusação foi em resposta a uma postagem do juiz Ney Rocha, do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região.
“Pra mim isso tem um misto de vitimismo de fuga”, escreveu Rocha.
“Está se fechando o cerco ao tal Adelio que deu a facada no Bolsonaro. Jean Wyllys seria um dos possíveis contatos do Adelio”.
Na semana passada, o corregedor nacional de Justiça em exercício, ministro Aloysio Corrêa da Veiga, determinou a abertura de pedido de providências para apurar a conduta de Marília.
Em sua conta no Facebook, ela postou um meme afirmando que Guilherme Boulos “vai ser recebido na bala depois do decreto do Bolsonaro”.
O colegiado abriu o procedimento para apurar se a desembargadora teve ‘conduta vedada aos magistrados, em decorrência de postagens feitas por ela em redes sociais’.