A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,4% no terceiro trimestre de 2024, a menor já registrada para este período desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em 2012, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (31) pelo IBGE. Esse resultado representa uma queda de 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, quando o desemprego estava em 6,9%.
Com o recuo na taxa, o número de brasileiros sem emprego caiu para 7 milhões, o menor índice desde o início de 2015. Comparando ao mesmo período do ano anterior, a queda é ainda mais expressiva, com uma redução de 15,8% no contingente de desempregados, evidenciando a recuperação do mercado de trabalho após anos de crise.
A população ocupada, por sua vez, chegou a 103 milhões, renovando o recorde de pessoas empregadas em um único trimestre. Esse número representa um crescimento de 1,2% em comparação com o trimestre anterior e de 3,2% em relação ao ano passado, indicando a força do mercado de trabalho no país.
A notícia sobre a melhora no indicador econômico também foi comentada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por meio de post em seu perfil no X, antigo Twitter.
Opinião de especialistas
De acordo com Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas do IBGE, a redução no desemprego está associada ao aumento na demanda por trabalhadores em diversas áreas da economia. “Estamos observando uma expansão contínua no contingente de trabalhadores empregados”, comentou a especialista sobre os dados positivos.
Com essa melhora no mercado de trabalho, o Brasil também alcançou uma taxa de ocupação de 58,4%, a mais alta para um terceiro trimestre desde o início da série histórica. Esse índice inclui trabalhadores formais e informais e reflete a recuperação na geração de empregos e a ampliação das oportunidades de trabalho.
Além disso, o rendimento médio dos trabalhadores se manteve estável, com valor próximo de R$ 3.227 por mês, enquanto a massa de rendimentos dos trabalhadores chegou a R$ 327,7 bilhões, apresentando crescimento em relação ao ano anterior. Esse aumento na renda ajuda a fortalecer o consumo das famílias e o crescimento econômico.
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