A taxa de desemprego foi de 8,1% no trimestre encerrado em novembro, recuando tanto em relação ao período anterior como em um ano. Segundo o IBGE, que divulgou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua nesta quinta-feira (19), foi a menor taxa desde abril de 2015 (também 8,1%), no governo Dilma.
Pela pesquisa, o número de desempregados agora é estimado em 8,741 milhões, queda de 29,5% em 12 meses. Os ocupados somam 99,693 milhões, aumento de 5% e recorde da série, iniciada em 2012. Além disso, os dados mostram que os resultados recentes tiveram mais influência de áreas ligadas ao setor de serviços e à administração pública.
Com e sem carteira
Mas o emprego sem carteira ainda sobe acima do formal. Os empregados com carteira assinada no setor privado somam 36,791 milhões, crescimento de 7,5% em um ano. Os sem carteira são 13,309 milhões, aumento de 9,3%. Já no setor público, enquanto o número de trabalhadores registrados (1,361 milhão) cresce 10%, o de sem carteira (3,129 milhões) sobe 28,4%.
Ainda assim, a taxa de informalidade no país segue próxima dos 40%. No trimestre encerrado em novembro, foi de 38,9% dos ocupados. Isso equivale a 38,8 milhões de trabalhadores informais. Há um ano, 40,6%.
Conta própria
Já o serviço doméstico, que cresce 4,5% em um ano e abrange 5,864 milhões de trabalhadores. Os que não têm carteira são maioria: 4,371 milhões, alta de 2,9% em 12 meses. Nesse caso, os registrados (1,493 milhão) crescem mais (9,7%). Os trabalhadores por conta própria (25,499 milhões) têm queda de 1,3%.
O chamado nível de ocupação, que considera as pessoas ocupadas em relação à população em idade de trabalhar, foi estimado em 57,4%. Era de 55,1% há um ano. E a taxa de subutilização (de pessoas que gostariam de trabalhar mais) passou de 25% para 18,9% no mesmo período. Essa população é estimada em 21,930 milhões.
Menos desalentados
A população fora da força de trabalho é de 65,282 milhões, estável na comparação anual. Por sua vez, os desalentados (4,064 milhões) caíram 16,7% em relação a igual período de 2021.
Estimado em R$ 2.787, o rendimento médio cresceu 7,1% em 12 meses. A massa de rendimentos soma R$ 272 bilhões, aumento de 13%.
Texto publicado originalmente no Rede Brasil Atual