Em campanha desesperada para não passar um vexame histórico nas eleições 2022, Jair Bolsonaro (PL) segue na tentativa de sair do segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto. Uma das formas de tentar uma arrancada na reta final do prazo eleitoral é a aprovação de 40 bilhões de reais em novas despesas.
Mas esta não é a única estratégia, que também passa pela busca por novas alianças políticas e a continuidade das intimidações aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tem 47% do eleitorado no primeiro turno, com chance de vencer no primeiro turno, segundo o Datafolha, o presidente quer por que quer explorar supostas denúncias de corrupção contra as gestões do PT.
O foco da campanha, no entanto, é a ampliação de benefícios emergências usados para tentar de maneira desesperada conter a crise que se alastra pelo país, como a exemplo a ampliação do Auxilio Brasil, de R$ 400,00 para R$ 600,00. A emenda também inclui a ampliação do vale-gás e o pagamento de subsidio de R$ 1000,00 para caminhoneiros autônomos. A tentativa de abrir os cofres públicos tem o intuito de angariar mais votos entre a população mais pobre e também entre os públicos em que sofre rejeição, como o eleitorado feminino.
Uma pessoa próxima ao presidente relatou dificuldades que a campanha de reeleição do pré-candidato tem enfrentado, em meio a crise.
“Antes, os eleitores de direita me abordavam com declarações de amor ao presidente. Agora, estão metralhando e reclamando dele”, afirmou um próximo de Bolsonaro. “Algumas pessoas do governo conseguiram destruir o legado do Plano Real e isso, na ponta do lápis, está matando o pessoal, o eleitor, no supermercado”, continuou.