Desespero leva Bolsonaro para a baixaria na TV. Por Fernando Brito

Atualizado em 7 de setembro de 2022 às 0:04
Caricatura do presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução

Publicado originalmente no “Tijolaço”

Jair Bolsonaro não esperou o Sete de Setembro e mostrou o que será sua campanha, de agora em diante.

Usou seu horário na TV na tarde desta terça-feira para colocar “populares” criticando a fala de Lula – de que não quer ver garotos de 14 ou 15 anos sendo mortos pela polícia, ou inocentes ou por um roubo de celular – e encerrando, depois da cartela de encerramento, pessoas dizendo que Lula “é ladrão” e que nunca votariam nele, sem qualquer indicação visual de que se trata do seu programa, bem como os depoimentos usados na abertura.

Embora ataques abertos assim costumem ter efeito contrário ao pretendido quando feitos por meio dos programas eleitorais, a ilegalidade é evidente.

A esta altura, os advogados da coligação de Lula devem estar preparando uma ação de direito de resposta, fundada no art. 53, § 1° e 2° da lei de propaganda eleitoral, que proíbem “degradar ou ridicularizar candidatos” ou fazer “propaganda ofensiva à honra de candidato”.

A não ser que o TSE tome uma posição exemplar e rápida, os horários de televisão vão se tornar cenário de uma guerra de baixarias e de incitação à violência.

O desespero bolsonarista, como se vem dizendo aqui, só vai piorar.

 

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