Nesta terça-feira (12), uma delegação de parlamentares bolsonaristas, liderados por Eduardo Bolsonaro (PL), foi impedida de acessar o Congresso dos Estados Unidos em Washington, onde planejavam fazer um discurso sobre uma alegada “ditadura judicial” no Brasil. Eles promoveram uma espécie de “ato” na calçada, em que, com um púlpito caindo aos pedaços, tentaram falar em inglês precário para chamar atenção.
Ninguém se interessou pelo “protesto” organizado pelos simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), visto que o púlpito alugado contava com apenas três microfones.
O incidente ocorreu após o vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos EUA, Jim McGovern, do Partido Democrata, cancelar abruptamente a audiência planejada para o grupo. McGovern percebeu o potencial de disseminação de fake news e teorias conspiratórias por parte dos bolsonaristas e optou por vetar sua presença no Capitólio.
Eduardo Bolsonaro, no entanto, reagiu com indignação, acusando McGovern de censura e culpando a “esquerda” pelo ocorrido, mesmo nos EUA, conhecido por seu ambiente politicamente liberal. Em suas redes sociais, o deputado bolsonarista lançou críticas confusas e incompreensíveis, ecoando seu irmão Carlos em suas postagens:
“Para calar a verdade sobre o que está ocorrendo no Brasil recorreram à censura, que é a arma dos covardes e fracos. Não é só no Brasil que a esquerda se apropria do termo ‘direitos humanos’ e seleciona em quem jogará a culpa por suas supostas violações”, disse.
Entre os extremistas que foram à “missão”, como eles mesmos classificam a viagem desconexa, estão, além de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Zé Trovão (PL-SC), Marcel Van Hattem (Novo-RS), Gustavo Gayer (PL-GO), Paulo Bilynskyj (PL-SP) e André Fernandes (PL-CE).
MUITO TRISTE: após serem barrados de discursar no congresso dos EUA, parlamentares bolsonaristas fazem uma coletiva de imprensa na calçada, usando inglês do "cursinho do Joel Santana". pic.twitter.com/GeplQDVXri
— Vinicios Betiol (@vinicios_betiol) March 12, 2024
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