Em meio às comemorações dos 30 anos da morte de Ayrton Senna, a escolha de Lewis Hamilton para pilotar o lendário MP4/5B, da McLaren, usado pelo brasileiro no bicampeonato de 1990, gerou críticas de Emerson Fittipaldi, que se posicionou contrariamente à decisão, argumentando que seria “antiético” um piloto inglês realizar tal homenagem em solo brasileiro.
O bolsonarista Fittipaldi, ex-piloto de Fórmula 1, sugeriu que um brasileiro, tal como Felipe Massa ou Rubens Barrichello, ou até mesmo ele, deveria assumir o volante na ocasião.
Em sua coluna no Uol, Juca Kfouri não deixou barato.
“Ora, ora, ora, senhor Fittipaldi”, escreveu Juca.
“Com estimada dívida de 50 milhões de reais, apesar de manter sorridente vida de milionário, sua preocupação deveria ser em pagar os credores em vez de manifestar opinião xenófoba contra alguém que só faz elevar o nome de Senna. Em matéria de ética dispensamos suas opiniões”.
Em 2023, a Justiça de São Paulo penhorou as milhas aéreas de todos os programas de fidelidade que o ex-piloto e bicampeão mundial da Fórmula 1 possui devido a uma dívida de R$ 691 mil, incluindo juros, correção monetária e multa.
Enquanto Rubens Barrichello expressou seu desejo e apoio à ideia de um brasileiro pilotar o carro, a sobrinha de Senna e CEO da marca Senna, Bianca Senna, aprovou a escolha de Hamilton, ressaltando sua admiração e o papel de embaixador que o piloto britânico desempenha na preservação da memória de Senna para as novas gerações.