Dilma, Lula e a mídia

Atualizado em 26 de maio de 2013 às 16:55
Ela seria tola se não o ouvisse

É engraçada a mídia. Os comentaristas políticos pareciam, de fato,  acreditar que era ruim para a imagem de Dilma a influência de Lula em sua administração.

Aí aparece uma pesquisa do Datafolha que mostra o contrário e todos parecem surpresos.

Ora.

Lula deixou o governo com um índice extraordinário de popularidade. Elegeu Dilma. Seria estranho, na verdade, que as pessoas não quisessem que ele emprestasse sua experiência para Dilma em momentos importantes.  E Dilma seria tola se não consultasse o homem que a fez ser presidenta.

Imagine uma empresa. Um presidente bem sucedido se aposenta. O sucessor não deveria ouvi-lo? Claro que sim.

A mídia parece empenhada em criar artificialmente uma ponte que separa Dilma e Lula. É como se estivesse sendo dito a Dilma que para ela ser paparicada, e não tratada a pontapés como aconteceu com Lula em seus oito anos de governo, às vezes com razão e muitas vezes sem  motivo nenhum,  é imperioso que se afaste de seu mentor.

Dilma erraria se fizesse isso.

É o que a voz rouca das ruas, como mostra a pesquisa do Datafolha, está dizendo a ela.