A Assembleia Geral das Nações Unidas foi palco de uma notável conquista diplomática por parte da missão brasileira, ao conseguir apoio abrangente para uma resolução sobre o conflito entre Israel e Hamas, nesta quarta-feira (18). Apesar do veto dos Estados Unidos, aliados incondicionais de Israel, os diplomatas brasileiros se surpreenderam ao conquistar o apoio de membros permanentes do Conselho de Segurança como a França e a China, além de todos os membros não permanentes.
A resolução proposta pelo Brasil obteve 12 votos a favor, com apenas duas abstenções, da Rússia e do Reino Unido, demonstrando um amplo respaldo por parte da comunidade internacional. Embora tenha enfrentado o esperado veto dos Estados Unidos, a votação destacou a habilidade do Brasil em garantir apoio significativo em um tema tão delicado.
Diplomatas enfatizaram o compromisso e liderança do Brasil no processo, sublinhando a importância de amarrar apoios em um contexto desafiador, mesmo diante da oposição dos EUA. O governo brasileiro, ciente da probabilidade de oposição americana, manteve negociações intensas ao longo do fim de semana, culminando na apresentação da versão final da resolução hoje para votação.
Estados Unidos vetam, e resolução brasileira para conflito entre Israel e Hamas não passa no Conselho de Segurança da ONU. "De novo, o silêncio prevaleceu. Estamos profundamente tristes e decepcionados", disse Sérgio Danese, embaixador do Brasil na ONU.
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— GloboNews (@GloboNews) October 18, 2023
“O Brasil se mostrou firme e comprometido em buscar soluções para questões globais críticas”, afirmou uma fonte do Ministério das Relações Exteriores, evidenciando o reconhecimento do esforço diplomático brasileiro.
Na votação, os Estados Unidos se posicionaram contra o texto brasileiro. Como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, o país norte-americano possui a capacidade de bloquear resoluções, tornando sua posição influente no processo decisório.
A embaixadora estadunidense Linda Thomas-Greenfield expressou desapontamento com a resolução brasileira, alegando que a mesma não mencionava o direito de autodefesa de Israel.
“De novo, o silêncio prevaleceu. Estamos profundamente tristes e decepcionados”, afirmou Sérgio Danese, embaixador do Brasil na ONU, após a votação. “Nossa resposta era robusta, e estamos gratos a todos os membros do Conselho que se juntaram a nós e que demonstraram um sincero desejo multilateralismo”.
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