Publicado originalmente no Blog do autor:
Por Moisés Mendes
O jornalismo da grande imprensa e suas estranhas chamadas de capa.
Esta chamada é do Globo:
“Divisão da oposição esvazia atos contra o governo Bolsonaro após 7 de setembro”
O fracasso não é atribuído à direita e à extrema direita, que organizaram os atos, mas ao que seria a divisão da oposição.
O mesmo Globo informa logo abaixo:
“Em São Paulo, pré-candidatos à Presidência de diferentes campos políticos discursaram em carro de som”
Que história é essa de diferentes campos políticos, se todos eram da direita?
O Estadão tem uma manchete parecida com a do Globo:
“Oposição rachada esvazia manifestações a favor do impeachment de Bolsonaro”
Leia também:
1 – Na Paulista, ato da “terceira via” tem pixuleco de Lula e Bolsonaro abraçados
2 – 38% dos que estavam em ato do MBL não queriam protestar com o PT
Tem mais este título do Globo:
“Bolsonaro destruiu a própria credibilidade, diz o jurista Joaquim Falcão em entrevista”
Mas que credibilidade?
E mais esta na Folha:
“Economistas temem que série de crises provocadas por Bolsonaro alimente recessão em 2022”
Eles apenas temem que aconteça? Eles não têm certeza?
E mais uma chamada da mesma Folha:
“Bolsonaro é risco à democracia, e Lula é risco à economia, diz Edmar Bacha”
Bolsonaro só ameaça a democracia? A economia está bem? E Lula é risco em que sentido? A entrevista não esclarece.
Imaginemos que sejam os riscos do pleno emprego, da inflação baixa, do protagonismo internacional, do acesso de pobres e negros à universidade, dos índios protegidos, das florestas preservadas…
A classe média de Edmar Bacha sabe que esses riscos existem mesmo.