Com 98,98% das urnas apuradas em Portugal, a coligação de centro-direita Aliança Democrática lidera nas eleições legislativas deste domingo (10) por uma margem estreita em relação ao segundo colocado. Eles conquistaram 29,54% dos votos computados, enquanto o Partido Socialista alcançou 28,67%.
O Chega, partido de direita, fica logo atrás, com 18,03% dos votos até o momento, apresentando um crescimento significativo em relação ao último pleito de 2022. No entanto, os socialistas já reconheceram a derrota e líderes da coligação direitista já falam na formação de novo governo.
Dado que nenhum dos partidos garantiu a maioria absoluta dos votos (51%), as siglas agora devem iniciar negociações de alianças. Luis Montenegro, o líder da Aliança Democrática, disse que o partido vair agir de forma responsável. Ainda não está claro que a coligação vai fazer uma coalizão com a extrema direita, que aumentou muito no Parlamento.
Portugal opera sob um sistema parlamentarista, onde o primeiro-ministro é o principal líder do país. O líder do partido que obtiver a maioria absoluta nas eleições legislativas assume o cargo de premiê. Se nenhum partido alcançar a maioria dos votos, é necessário estabelecer alianças com siglas menores para formar um governo.
De acordo com os dados mais recentes do Ministério da Administração Interna do país, a participação nas urnas até às 16h (horário local) foi de 51,96%, representando um aumento de 6,3% em relação a 2022.
A projeção inicial aponta uma taxa de abstenção entre 40,5% e 46,5%, inferior às eleições legislativas de 2022, podendo ser o índice mais baixo desde 2009.
No total, serão eleitos 230 deputados, em uma campanha que teve o custo de 24 milhões de euros, com 18 partidos concorrendo, três a menos do que nas eleições de 2019 e 2022.
A eleição antecipada, quatro meses após a repentina renúncia do primeiro-ministro socialista António Costa em meio a uma investigação de corrupção, reacende a disputa entre os dois partidos centristas, o Partido Socialista (PS) e o Partido Social-Democrata (PSD) , que disputam o poder desde o fim da ditadura de António Salazar em 1974.
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