A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, defendeu a possibilidade de Lula de indicar o ex-ministro Guido Mantega a cargos em conselhos, como da Vale ou da Braskem. Ela diz que “é direito do presidente” e também nega interferência do governo na Petrobras.
“A partir do momento em que o presidente vê na figura do ex-ministro Guido Mantega um parceiro e tenta com isso colocá-lo na economia, na política, ou seja, ao seu lado, é direito do presidente”, diz Tebet em entrevista à CNN Brasil.
“Em se vendo que o estatuto das estatais não permite, o errado seria se o presidente insistisse. Percebeu-se que não o podia, o presidente parou de insistir. Isso faz parte da política”, prossegue. Ela ainda diz que é uma “virtude” de Lula “a capacidade de reconhecer os amigos e querer os amigos do seu lado”.
O petista tentou emplacar Mantega como diretor-presidente da Vale e acabou recuando. Posteriormente, estudou uma indicação de seu nome para o conselho administrativo da Braskem.
A ministra também negou interferência do presidente na decisão do conselho da Petrobras barrar o pagamento de dividendos extraordinários a acionistas. “Eu não vejo interferência. Converso com o presidente da Petrobras [Jean Paul Prates] regularmente por outros interesses que temos, porque somos da equipe econômica, não vejo essa interferência na política de preços da Petrobras”, relata.
Tebet diz que a estatal “continua forte, com uma política muito importante, moderna, de repaginar sua história”.