Diretor da OMS diz que Mpox não é a ‘nova Covid’

Atualizado em 20 de agosto de 2024 às 11:58
Homem com sintomas da mpox. Foto: reprodução

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta terça-feira (20) que a mpox, diferentemente da Covid-19, não representa uma nova ameaça global. Hans Kluge, diretor europeu da OMS, destacou que as autoridades de saúde já possuem amplo conhecimento sobre a mpox e já sabem como controlar sua disseminação.

“A mpox não é a nova Covid. Seja o clado 1 da mpox, que originou a epidemia atual na África central e oriental, ou o clado 2, que originou a epidemia de 2022 no mundo”, declarou Kluge.

Catherine Smallwood, do escritório europeu da OMS, explicou que, até o momento, não foi observada nenhuma transmissão de animal para humano do clado 1b. Segundo ela, o caso “parece se tratar de uma cepa do vírus que circula exclusivamente dentro da população humana” e “é provável que se transmita mais eficazmente entre humanos”.

Partículas do vírus da mpox vistas em microscópio eletrônico. — Foto: NIAID
Partículas do vírus da mpox vistas em microscópio eletrônico. — Foto: NIAID

Tarik Jasarevic, porta-voz da OMS em Genebra, complementou dizendo que o clado 1 apresenta riscos maiores do que o clado 2. Os especialistas ainda estão analisando se há diferenças substanciais na gravidade entre as subvariantes clado 1a e clado 1b.

No Brasil, não foram detectados casos do clado 1b até agora.

A OMS, entretanto, reforçou o alerta de Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) devido à disseminação da nova variante clado 1b na África Central.

Vale destacar que a OMS havia declarado o nível mais alto de alerta para a mpox em julho de 2022. No entanto, com a redução global de casos, esse status foi revisado em maio de 2023, mas agora foi reativado diante da nova ameaça.

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