Em resposta ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (31), o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, informou quais ações estão sendo colocadas em prática pelo órgão para pôr fim aos bloqueios de estradas no país.
Para levar a cabo a operação, Vasques solicitou R$ 970 mil ao Ministério da Justiça para custear passagens e diárias dos policiais. Ele também pediu a suspensão de atividades administrativas não essenciais e o retorno da folga de parte dos agentes.
Na manifestação enviada à corte, o diretor-geral negou que policiais teriam facilitado a ação dos bolsonaristas, evitando agir de forma coercitiva para liberar as estradas: “Em momento algum tal determinação foi emanada por esta Direção, ao que tal postura individual desses agentes será objeto de apuração”. A corregedoria do órgão já instaurou investigação para apurar eventuais condutas dessa natureza por parte de policiais em São Paulo.
Vasques defendeu a ampliação do efetivo envolvido nas ações de desbloqueio, medida que demandaria um aporte financeiro de quase um milhão de reais. O valor seria “imprescindível para viabilizar a mobilização de efetivo e consequentemente a pronta resposta da PRF”.
As informações foram prestadas pelo diretor-geral da PRF no âmbito da ação em que o ministro Alexandre de Moraes determinou a liberação imediata das vias, sob pena de multa de R$ 100 mil/hora e afastamento e eventual prisão de Vasques. Nesta terça-feira (1), o STF formou maioria favorável à decisão.
Moraes também ordenou que as polícias militares atuem nos estados para liberar as estradas interditadas por caminhoneiros bolsonaristas. Com informações de O Estado de S. Paulo.
Até o início desta terça-feira (1), caminhoneiros interditavam pelo menos 321 vias em estados e no Distrito Federal. Parte dos manifestantes pedem intervenção militar.