Publicada originalmente no Conjur
A advogada Flávia Moraes viralizou nas redes sociais em um vídeo em que, entre outras coisas, afirma que nordestinos vivem de migalhas. Ela era vice-presidente da Comissão da Mulher da OAB de Uberlândia (MG), mas pediu licença do cargo após a repercussão da postagem.
“Nós que geramos empregos, nós que pagamos impostos, vocês sabem o que a gente faz? Nós gastamos o nosso dinheiro lá no Nordeste. Não vamos fazer isso mais. Vamos gastar dinheiro com quem realmente merece. A gente não vai mais alimentar quem vive de migalhas. Vamos gastar nosso dinheiro no Sudeste, no Sul ou fora do país”, afirma a advogada nas imagens.
Por meio de nota, a seccional da cidade mineira informou que a entidade tem caráter plural e apolítico e, por isso, não iria se manifestar sobre uma declaração de cunho pessoal de um de seus inscritos.
O presidente da OAB-MG, Sérgio Leonardo, teve posicionamento mais contundente. “Não há espaço para este tipo de atitude. A OAB repudia de forma veemente as expressões utilizadas pela colega que materializam preconceito e discriminação contra o povo nordestino. Xenofobia regional intolerável. A OAB-MG recomenda à subsecção de Uberlândia que a destitua do cargo independentemente do pedido de licença”, disse.
Além da repercussão dentro da OAB, a advogada Flávia Moraes também é alvo de queixa-crime ajuizada pela deputada federal Dandara Tonantzin Silva (PT-MG).
A parlamentar recém-eleita afirmou que, além da queixa-crime, também entrou com uma representação na OAB-MG e cobrará ações enérgicas e imediatas.