Um dos indivíduos associados ao PRTB municipal, que esteve ao lado do empresário bolsonarista Pablo Marçal na convenção que oficializou sua pré-candidatura à Prefeitura de São Paulo, tem um histórico criminal no sistema penitenciário paulista, incluindo uma condenação por extorsão mediante sequestro.
Maiquel Santos de Assis, listado como vice-presidente do diretório municipal do PRTB em registros entregues à Justiça Eleitoral, mantém uma relação próxima com Marçal, aparecendo em fotos ao seu lado e sendo seguido nas redes sociais pela vice na chapa, a policial Antônia de Jesus.
Ele chegou a ser anunciado ao microfone no início da convenção e sentou-se ao lado de Levy Fidelix Filho, herdeiro do fundador da sigla, Levy Fidelix, e presidente do diretório municipal, conforme informações da Folha de S.Paulo.
Em 2011, a 4ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo ratificou uma sentença de primeira instância, condenando Maiquel a oito anos de prisão pelo crime de extorsão mediante sequestro. Além disso, o tribunal acolheu parcialmente um recurso do Ministério Público, determinando que a pena fosse iniciada em regime fechado.
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De acordo com a denúncia, em maio de 2009, no bairro São Miguel Paulista, na zona leste da capital, Maiquel participou de um sequestro ao lado de dois comparsas, incluindo um policial militar.
O grupo inicialmente exigiu R$ 50 mil da família da vítima, mas, após negociações, o valor foi reduzido para R$ 25 mil, com a entrega marcada para ocorrer em uma churrascaria. No entanto, a Polícia Militar interveio e conseguiu prender um dos participantes, que posteriormente revelou a identidade dos demais.
Em sua defesa, Maiquel alegou estar apenas verificando a autenticidade de alguns documentos no momento do crime, mas o desembargador Salles Abreu rejeitou essa explicação, considerando-a contraditória e sem base nas provas.
Vale destacar que Maiquel cumpriu sua pena entre 2009 e 2013, passando por diversas prisões, incluindo a Penitenciária Dr. Danilo Pinheiro, em Sorocaba.
Apesar das polêmicas envolvendo outros membros do partido, como as supostas ligações entre o presidente nacional do PRTB, Leonardo Avalanche, e o PCC, a campanha de Marçal e Maiquel ainda não se pronunciou sobre o histórico criminal de Maiquel.