Dirigente do PT, Cantalice critica Putin, Ortega, Dias-Canel: “Aprendizes de ditadores”

Atualizado em 6 de março de 2023 às 18:59
Alberto Cantalice. (Foto: Reprodução)

Alberto Cantalice, vice-presidente do Partido dos Trabalhadores e secretário adjunto de Comunicação do agremiação, fez reflexões polêmicas sobre política internacional em seu Twitter, que acabaram causando barulho na esquerda.

“Vivi quase 1 ano na antiga URSS no início da década de 80. Até a carrocinha de sorvete da Pça Vermelha pertencia ao Estado. Se os soviéticos tivessem seguido o caminho chinês de Deng Xiaoping, do Socialismo de Mercado não teriam desmoronado. Hoje é um capitalismo desavergonhado”, escreveu.

“Na URSS fiz um curso de Ciências Políticas com ênfase nas obras de Marx-Engels e Lenin. Claro, que embalados em manuais que ‘interpretavam’ os ensinamentos. Quando se revê no original vê-se claramente que era um ‘estudo’ enviesado. Marx e Engels são maiores que seus ‘interpretes'”.

Bateu também em Stalin, “um cancro da humanidade e destruidor de uma sociedade justa e solidária. Assassino de camaradas, doente, tinha a mania persecutória como motor de sua vida. Corrompeu o marxismo e o leninismo e ficou para a história como um coveiro da sociedade livre!”

Após manifestar sua concordância com um texto crítico ao presidente nicaraguense Daniel Ortega assinado por Eric Nepomuceno, no qual o intelectual o comparava a Anastasio Somoza, o ditador local derrotado pela revolução sandinista, Cantalice disse, após ser questionado por um internauta, que tanto Ortega quanto o atual presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel seriam “dois merdas” e aprendizes de ditadores.

A crítica a Cuba foi reavaliada e retirada pelo dirigente petista na manhã desta segunda-feira (06), que inclusive apagou o tuíte com a crítica a Dias-Canel: “Quanto a Cuba, reconheço a ilegitimidade do bloqueio econômico e os ataques imperialistas que sofre. Além de apoiar a renovação que ora está em andamento. Depois de refletir com companheiros resolvi recalibrar minhas postagem. Retirando Cuba das minhas reflexões domingueiras.”

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