Na discussão entre o Podval e Daniel, de um lado, e o Toron do outro, ganha o debate.
A hipótese de usar as provas ilícitas para abrir uma investigação, nunca para condenar, foi defendida em nota publicada por quatro ex-presidentes da Associação dos Procuradores da República. Mas o artigo do Toron é o que mais nos ampara, por tudo que, com a tradicional maestria, esgrime.
Os dois artigos têm razão.
Há um mês, quando o boato de prisão dos procuradores animava Brasília, eu me manifestei contra a hipótese de prisão, até por falta de contemporaneidade, tese que os procuradores eram contrários.
Mas eu fico, vendo o desespero deste Castor, deste Deltan, do bando, enfim, com a história lá de Patos de Minas, já contada aqui.
A cidade tinha dois bêbados de estimação. Um baiano e um sulista. Que se detestavam e viviam às turras, com promessas recíprocas de morte.
Um dia o sulista aparece morto. Prendem o baiano que vai a júri. O juiz pergunta para o baiano:
-“O senhor matou o sulista?”
– O baiano, com forte sotaque, indaga ao juiz:
-“Doutor, acha bão é crime?”
O juiz, perplexo, pergunta:
-“O que o senhor está dizendo?”
E o bêbado baiano:
-“Mata eu não matei não, mas achei bão demais!!!”