Alfredo Setubal, dono do Itaú, quer uma terceira via. Para ele, quem ganhar em 2022 “vai pegar o Brasil em frangalhos”. “Espero que seja eleito, se possível, alguém mais de centro, que acabe com a polarização e tenha pelo menos um projeto de país”, afirma.
Ele cita Eduardo Leite, João Doria, Luiz Henrique Mandetta e Ciro Gomes como possibilidades. “Algum deles pode crescer se encaixar um discurso que o coloque no segundo turno”, afirmou ao Globo. Ele admite que a preferência é pelo tucano paulista, “embora as pesquisas não deem a ele esse mérito”.
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Dono do Itaú detona Bolsonaro mas elogia reforma da Previdência
Setubal detonou Jair Bolsonaro e se disse decepcionado com Paulo Guedes. Questionado sobre a ausência e lentidão das reformas, ele diz:
“Havia uma grande expectativa com a eleição e com a nomeação do Paulo Guedes. Mas entre querer e poder vai uma grande distância”.
“O presidente iniciou o governo com discurso de menos Brasília, de um certo isolamento em relação ao Parlamento, e no meio do caminho ele teve que compor com o chamado Centrão e, com isso, começou a ter mais de governabilidade. Esperava-se mais? Sim. Mas tem coisas que andaram. A reforma da Previdência andou, a tributária e administrativa estão no Congresso. São reformas ideais? Não. Mas, no Brasil, ótimo é inimigo do bom”, prossegue.