Pesquisadoras que analisam grupos de extrema direita há mais de dez anos afirmam que donos de perfis suspensos no Twitter por apologia a ataques em escolas têm conseguido criar novas contas na rede social através de um “efeito migração”.
De acordo com o monitoramento, os usuários suspensos por terem feito apologia à violência adotam estratégias como usar nomes com pequenas diferenças e publicar conteúdos de forma mais sutil para retornar à plataforma após a punição. As cientistas alertam que não existe um trabalho ativo da plataforma para identificar essas contas e que a comunidade não desapareceu simplesmente, podendo se reorganizar em outro ambiente. Com informações do UOL.
O governo Lula anunciou um investimento de R$ 3 bilhões para combater os ataques em escolas, com foco em rastrear e reprimir planejadores e incentivadores na internet. O Twitter começou a suspender contas que fazem apologia a ataques em escolas após o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, considerar a suspensão do Twitter no Brasil.
O governo também publicou uma portaria que prevê que as redes sociais devem enviar relatórios sobre ações tomadas para limitar conteúdos de apologia a violência nas escolas e criar um banco de dados com conteúdos ilegais para facilitar a identificação de publicações do mesmo tipo. A portaria também prevê sanções contra as redes sociais em caso de descumprimento das regras.
Denúncias podem ser feitas através do canal criado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, que garante anonimato e sigilo das informações. O Ministério da Justiça recomenda o preenchimento do campo “Comentário” com as informações relevantes da ocorrência, como o município, Estado, escola da denúncia e mídia social de origem da ocorrência.