O pastor Silas Malafaia, idealizador e financiador do ato de Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, detonou bolsonaristas que geram intriga por terem sido vetados no trio elétrico. Diversos ex-ministros e parlamentares foram barrados na ocasião e têm reclamado da presença de alguns aliados ao lado do ex-presidente.
“Três ou quatro tão com dor de cotovelo vêm com picuinha. A manifestação foi espetacular”, afirmou o religioso ao portal UOL após o evento. Alguns bolsonaristas tentaram forçar passagem no trio elétrico, mas os responsáveis por controlar o acesso ao veículo foram orientados a não ceder às insistências.
Parlamentares como Carla Zambelli (PL-SP), Ricardo Salles (PL-SP), Mário Frias (PL-SP), general Pazuello (PL-RJ) e Bia Kicis (PL-DF) estão na lista de barrados. Alguns deles reclamaram das escolhas para presença VIP, feita por Malafaia, que incluiu, por exemplo, o ex-deputado federal Roberto de Lucena, que sequer tem mandato.
Os ex-ministro João Roma, Gilson Machado e Marcelo Queiroga também subiram no trio elétrico. A presença deles gerou reclamações por supostas contradições sobre quem poderia ou não ficar ao lado de Bolsonaro durante o evento.
Ainda houve ressalvas aos nomes do deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) e do ex-deputado Deltan Dallagnol. Os bolsonaristas barrados afirmam que ambos criticavam o ex-presidente há pouco tempo e foram escolhidos no lugar de políticos que fazem discursos favoráveis a ele diariamente.
Malafaia alega que não havia espaço para todos os parlamentares no trio, que tinha espaço suficiente para apenas 70 pessoas. Segundo o pastor, havia 115 deputados pedindo para subir no veículo e a decisão foi de autorizar a presença de somente 35 parlamentares.