Enquanto Lula cuida de andar pelo país e apontar os erros do governo de Bolsonaro, Fernando Haddad organiza o front em São Paulo para conter os planos de João Doria.
Neste domingo, o ex-candidato a presidente pelo Partido dos Trabalhadores esteve na cidade de Osasco, em plenária organizada pelo deputado Emidio de Souza, e falou sobre a decisão do desembargador Alex Zilenovski de suspender a tramitação da Reforma da Previdência estadual enviada pelo gestor à Assembleia Legislativa.
Para Haddad, Doria está fazendo o jogo dos “ricos” e mostrando que pode ser ainda mais “cruel” que o capitão.
“Ele não quer saber o que pode fazer pelo estado”, acusou o ex-prefeito de São Paulo. “Só quer mostrar para a classe dominante, para os amigos dele, que é ‘melhor’ que o Bolsonaro. ‘Olha como eu sou mais cruel que o Bolsonaro, mais duro que ele'”.
Haddad condenou a forma açodada que o governador adotou para implementar a reforma previdenciária do Estado. “Tudo que Doria faz é no atropelo”, disse. “Abandonou a prefeitura, agora já está pensando na presidência da república, não tem compromisso com as pessoas, só com os interesses dele”
A decisão do desembargador, segundo Haddad, impediu mais um arbítrio.
“Ainda estamos numa democracia, que está ameaçada todo dia, tanto pelo governo estadual quanto pelo governo federal”, disse, elogiando a atitude do desembargador Alex Zilenovski de suspender a tramitação da Reforma da Previdência. “Mostra que há um caminho”.
O ex-prefeito também falou sobre a pesquisa do Datafolha que coloca Bolsonaro como o presidente com a pior avaliação no primeiro ano desde o governo de Fernando Henrique.
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