‘Judas do PSDB’: braço direito de Alckmin detona Doria e sinaliza para aliança do ex-governador com Lula. Por José Cássio

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Jose Cassio
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Atualizado em 30 de dezembro de 2021 às 7:39
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Geraldo Alckmin escolheu seu melhor escudeiro para rebater as críticas de João Doria à sua aproximação com Lula.

Aliados do gestor disseram que Alckmin enterra a própria biografia ao se aproximar do ex-presidente após anos lutando contra o petismo.

Tucanos próximos a Doria tentam colar em Alckmin o rótulo que está fixado como tatuagem na testa do chefe: traidor.

“Geraldo traiu o PSDB e mostrou sua face oportunista”, disse um aliado do gestor ao jornalista Robson Bonin, da Veja.

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Presidenciável do PSDB, Doria vai na mesma linha: “Se Alckmin for o vice de Lula, combaterei os dois na campanha e serei duríssimo nesse enfrentamento”.

“Alguns tucanos camaleões e seu candidato a presidente da República João Doria perderam totalmente a compostura diante do diálogo entre Lula e Geraldo Alckmin”, escreveu Pedro Tobias em sua página no Twitter. “Doria é o Judas do PSDB”.

Além da resposta firme e direta, o gesto sinaliza que Alckmin se mantém disposto a negociar a vaga de vice na chapa de Lula, mesmo que o PSB insista em condicionar o fato à garantia de que o PT vai retirar a candidatura de Fernando Haddad em nome de Marcio França concorrer ao governo de São Paulo pela aliança.

Infantaria tucana

O DCM contou que militantes do PSDB favoráveis a Alckmin, que compõem o grupo da ‘infantaria’ pelo intenso trabalho que fazem nas ruas, querem que o ex-governador saia candidato a governador pelo Podemos, em dobrada com Sergio Moro.

O tuíte de Pedro Tobias, principal homem de confiança do ex-governador, mostra que o pensamento de Geraldo é no caminho contrário: ele está mesmo convencido de que o seu papel no momento é construir pontes pelo Brasil, para salvar o país da longa noite de terror imposta aos brasileiros por Bolsonaro.