O prefeito João Doria mentiu ao afirmar que a campanha de calúnia e difamação que o MBL está promovendo para cima de seu secretário de Educação, Alexandre Schneider, está encerrada.
Schneider criticou o vereador Fernando Holiday por “intimidar professores” ao fazer visitas a escolas para denunciar casos de “doutrinação esquerdista”.
Holiday “exacerbou suas funções”, escreveu Schneider nas redes. Foi agredido pelos membros do MBL com montagens em que aparece segurando um livro com a foice e o martelo, acusado de ser “ligado ao PSOL” etc.
Doria disse o seguinte à Folha: “Eu entendi que todos ali cometeram pequenos excessos e houve um estresse. Mas já superaram com diálogo, com entendimento”.
Balela. Bullshit.
Renan Santos, fundador do movimento, garante que “está tudo em aberto”.
“O secretário foi sórdido com o Fernando, que não é um vereador qualquer. Ele comprou uma mentira do sindicato e ficou dodói. Se não sabe brincar, não desce para o playground”, falou.
A mentalidade é ginasiana, mas não é menos perigosa por isso.
O que quer ele dizer com “o Fernando não é um vereador qualquer”? O rapaz tem costas quentes com o prefeito? Ele pode tudo? Inclusive caixa 2? Com quem isso está combinado?
Holiday dá seu show.
“Ele [Schneider] nunca se retratou. Os diretores das escolas confirmaram que não houve intimidação alguma, e eu vou continuar ouvindo denúncias de pais e fazendo visitas”, conta. “Queremos uma retratação”.
A chantagem pública prosseguiu com Renan: “Defendemos ideologicamente o prefeito, o que ele representa. Mas ainda temos de discutir esse episódio”.
Doria está nas mãos de pequenos monstros que brincam com armas no playground — no caso, a cidade de São Paulo.