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Os brasileiros não gostaram da saída de Luiz Henrique Mandetta, reprovada por 64% dos ouvidos pelo Datafolha. Isso quer dizer então que Bolsonaro ficou mal na parada?
Não. A imagem de Bolsonaro melhorou, de 33% de ótimo e bom do levantamento feito de 1º a 3 de abril, para 36% agora.
Os descontentes, que eram 39%, agora são 38%. Bolsonaro é mais reprovado por mulheres (41%), mais ricos (acima de 10 salários mínimos, 48%) e instruídos (com curso superior, 46%).
Os pobres são agora o suporte de Bolsonaro, como as últimas pesquisas vinham demonstrando.
Perguntados se Bolsonaro tem capacidade para continuar liderando o país, 52% acham que sim e 44%, que não. É o mesmo índice da pesquisa anterior.
Novamente, homens são mais favoráveis ao homem, com 58% de “sim”, número igual ao registrado entre moradores da região Sul, seu reduto eleitoral.
O resultado mais favorável a Bolsonaro pode ser o primeiro efeito da liberação da ajuda de emergência, apesar dos erros e desencontros no combate à pandemia.
É estranho, mas esta pode ser a realidade. Bolsonaro demorou para liberar o dinheiro, mandou milhares de pessoas para as filas do CPF, mas mesmo assim os pobres formam o novo lastro de apoio ao bolsonarismo.
A pesquisa reforça que se mantém, até com melhora para Bolsonaro em relação às pesquisas anteriores, o lastro de um terço que não arreda pé ao seu lado.