“É entre eu e a figura”: Lula escancara a nacionalização da eleição de São Paulo

Atualizado em 23 de janeiro de 2024 às 12:19
Lula e Bolsonaro. Foto: reprodução

Nesta terça-feira (23), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou que a corrida pela Prefeitura de São Paulo este ano será uma “confrontação direta” entre ele e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As declarações ocorreram durante entrevista à rádio Metrópole da Bahia.

“Na capital de São Paulo é uma coisa muito especial. Uma confrontação direta entre o ex-presidente e o atual presidente, é entre eu e a figura”, disse Lula, sem citar nominalmente seu antecessor.

Apoio a Boulos

Lula está apoiando a candidatura de Guilherme Boulos (PSOL) à prefeitura, com Marta como vice, e manifestou um empenho pessoal na formação dessa chapa.

Por outro lado, Bolsonaro deverá apoiar a reeleição do atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB). Segundo Lula, a disputa representa um embate entre um governo que prioriza o povo e um governo associado a fake news e desastres.

“A disputa é entre um governo que coloca o povo em primeiro lugar, para tentar resolver os problemas dele, e o governo das fake news, do desastre, que não acredita nas coisas normais que a humanidade tem que acreditar. Vai ser essa disputa que vai se dar”, afirmou.

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Guilherme Boulos e Ricardo Nunes. Foto: reprodução

Aliança entre Tarcísio e Ricardo Nunes

A aliança entre Nunes e Tarcísio de Freitas (Republicanos) ganhou destaque nos últimos dias, com o governador expressando publicamente seu apoio ao emedebista.

Tarcísio esteve ao lado de Nunes em eventos relacionados à habitação, área que destacou Boulos, principal adversário na corrida eleitoral e líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto). O governador afirmou que Bolsonaro também estará envolvido na aliança com Nunes.

Lula afirmou que o PT possui condições de vencer em várias capitais e indicou a intenção do partido de estabelecer muitas alianças nos estados. Ele ressaltou que, devido ao cargo que ocupa, não se envolverá em conflitos, reconhecendo a necessidade de agir com prudência durante as eleições. Como presidente, Lula destacou que não pode realizar campanha como um cidadão comum, respeitando o tratamento adequado, especialmente em situações com candidatos da base do governo disputando eleições.

“Eu tenho que saber que sou presidente e que tenho que conversar com as pessoas, fazer um jogo mais ou menos acertado para que eu não traga problema depois quando terminar as eleições no Congresso Nacional”, disse.

“Não posso, como presidente da República, fazer campanha como se eu fosse um cidadão comum. Tenho que levar em conta que se tiver dois candidatos da base do governo disputando a eleição, eu tenho que dar um tratamento mais respeitoso”.

Assista abaixo:

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