“É hora de a França erradicar o islamofascismo”, diz prefeito de Nice, onde terrorista degolou uma mulher

Atualizado em 30 de outubro de 2020 às 5:42
O prefeito de Nice Christian Estrosi (Les Républicains). Foto: Wikimedia Commons

Após o atentado que matou três pessoas, uma delas degolada, e deixou outras feridas na cidade francesa de Nice, o prefeito Christian Estrosi (Les Républicains) denunciou o que considera “islamofascismo”.

Em comunicado à imprensa, atribuiu a essa ideologia o mesmo modus operandi que matou o professor Samuel Paty, também degolado há duas semanas. Confira o pronunciamento:

Nice conhece hoje uma nova tragédia novamente vítima do islamofascismo que eu não paro de denunciar há cinco anos. Portanto, minhas primeiras palavras, são de compaixão. Somos feridos em nossos corações ao ver que mais uma vez é a nossa cidade que foi alvo.

 Quero dizer a todas as famílias de vítimas dessa barbárie que estou do lado delas. Estou convencido de que a comunidade inteira de Nice está a seu lado.

 Nice hoje, como talvez mais do que outras cidades do nosso país, está pegando um preço muito alto ao ser novamente vítima do islamofascismo.

 Sentimos uma viva emoção face a tragédia e o horror em nossa cidade. Há seis anos, com Hervé Gourdel, um amigo guia de montanhismo, o atentado de 14 de julho de 2016 que fez 86 vítimas, e um ataque a facadas há quatro anos de deux militares não muito longe da Basílica de Notre Dame, na avenida principal de Nice, a avenida Jean Médecin. Obrigado ao Padre, consternado, por garantir que a paróquia possa orar.

 Está cena não faz sombra de dúvida, depois de ouvirmos a barbárie, interpelada pela Polícia Municipal, que foi a primeira a intervir na Basílica Notre Dame de Nice, aquele que não cessava de proferir “Allah Akbar”. Este modo de operação e suas declarações parecem indicar que é a barbárie islâmica que se expressou.

 Portanto, naturalmente, é hora de compaixão, de homenagear nossos policiais. Quero agradecer nossos policiais municipais, assim como o corajoso habitante de Nice que, por meio do botão de urgência instalado próximo da Basílica de Notre Dame, alertou a polícia municipal, permitindo neutralizar o criminosos. Graças a sua intervenção, outras vidas foram certamente poupadas.

 Agradeço a Polícia Municipal de Nice, a Polícia Nacional, o RAID (unidade de elite da polícia francesa), que se mobilizaram para eliminar a suspeita de explosivos no interior da Basílica de Notre Dame de Nice, aos socorristas do SAMU e os bombeiros que interviram rapidamente.

 As pessoas que morreram dentro da igreja foram mortas de maneira horrível e, sem dúvida, corresponde ao modus operandi empregado para matar o corajoso professor de Conflans-Sainte-Honorine Samuel Paty.

 O criminosos foi neutralizado pelos agentes da Polícia Municipal, permanece vivo e foi levado para o hospital.

 Não devemos nos esconder por trás da CNIL (Comissão Nacional de Informática e Liberdades), e das leis absurdas que não nos permitem agir, erradicar a quinta coluna da qual falo estes anos, cujos tentáculos não param de se proliferar. É preciso dar um ponto final na sua ação.

 Os investigadores começaram seu trabalho, mas eu digo: é demais! É hora de a França se exonerar de leis de paz para erradicar definitivamente o islamofascismo do nosso território.

Depois de ter dialogado com líderes religiosos, dei as instruções para que todas as igrejas sejam fechadas e colocadas sob vigilância assim como todos os outros lugares de culto da nossa cidade.

 Com o prefeito da região de Alpes-Marítimos, a polícia nacional e nossa rede de videoproteção, somos capazes de adotar as medidas necessárias para garantir a segurança do conjunto da nossa cidade.

 Agradeço ao Presidente da República, que me ligou e vem a Nice para nos apoiar e ao mesmo tempo se certificar de que todas as operações necessárias sejam conduzidas com o Ministro do Interior, as forças de ordem da nossa prefeitura, para garantir a segurança dos moradores para as e os quais eu digo claramente que serei intransigente.

 Nice foi vítima de grandes barbáries, não havia razão para que ela o fosse mais do que outros lugares. Atingir Nice é atingir a França inteira.

 Eu o digo diante desta Basílica que é um símbolo tão forte que encarna a identidade dos moradores, independentemente da religião. Eu lembro que a Basílica de Notre Dame foi construída aqui quando fomos anexados à França em 1860. Nós a escolhemos como comunidade de destino, de conquista destes bairros transformados em centro da cidade e que, na época, situavam-se ao Oeste para mostrar como aderíamos à nação francesa.

 É a tudo isso que o islamofacismo atacou hoje. Não temos o direito à menor fraqueza e conclamo à união dos moradores. Eles sabem que depois de tantas provações vividas juntos, eu não fraquejarei ao seu lado para lhes proteger e mobilizar os meios necessários para fazê-lo.