A Polícia Civil do Paraná divulgou imagens do momento em que foram feitos os disparos contra o acampamento em Curitiba. O atirador chegou em um carro sedan de cor preta. A DHPP pede para quem tiver informações ligue para 0800-643-1121. A ligação é gratuita e anônima. #EquipeFB pic.twitter.com/y60LilQGBC
— Fátima LULA Bezerra (@fatimabezerra) April 28, 2018
O ataque ao acampamento pró Lula em Curitiba deixou dois feridos, o sindicalista Jefferson Lima de Menezes e a advogada Márcia Koakoski.
Segundo Márcia, os agressores gritavam “Bolsonaro presidente!”
Um sujeito apareceu numa câmera abrindo fogo na direção dos acampados.
Há um mês, tiros foram disparados contra a caravana de Lula em Monte Alegre do Sul.
Há uma escalada de violência e ela parte da extrema direita. Jair Bolsonaro conta com isso.
No final de março, diante de 2 mil seguidores, vários deles fardados e maquinados, o deputado fez sua apologia do armamento de fogo.
“Na próxima vez quero ver duzentas pessoas armadas aqui dentro”, discursou ele, ovacionado, em um restaurante tradicional da capital paranaense.
“A arma, mais que a defesa da vida, é a garantia da nossa liberdade”, falou ao lado do filho Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ), do deputado Fernando Francischini (PSL-PR) e de Alexandre Frota, seu futuro ministro da Cultura.
No evento, cujo ingresso custava 45 reais, JB ganhou de presente um boneco com sua imagem, com faixa presidencial e fuzil nas mãozinhas.
“Presidente tem que meter bala em vagabundo e não formar quadrilha com eles”, emendou o valentão Eduardo.
As bravatas ocorreram dois dias após o atentado contra o ônibus da comitiva de Lula.
Bolso e seu exército de desmiolados vêm pregando o armamento da população há anos.
O atirador de Curitiba estava fazendo que está no seu script. Olhou ao redor, viu aqueles esquerdopatas e chegou à conclusão lógica.
O que o lobby armamentista não leva em conta é que, se seu plano der certo, esquerdistas também poderão comprar uma pistola ou quiçá um AR 15.
Nos EUA, um grupo chamado Redneck Revolt adquiriu um arsenal para lidar com fascistas.
“Ninguém toca nos neo-nazistas”, contou “George”, um dos líderes, ao Independent.
“Porque têm medo ou pensam que um supremacista branco talvez não tenha tido pais legais e só precise de um abraço. E esse não é o caso”.
Uma hora os milicianos da direita vão acabar encontrando pela frente um pessoal com a disposição de George.
Esse dia pode estar mais próximo do que você imagina.