Alguns episódios, vistos retrospectivamente, ganham outra dimensão, maior ou menor.
Em fevereiro de 2017, o fotógrafo Lula Marques flagrou uma troca de mensagens de WhatsApp (sempre ele) entre os então deputados Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo.
Você vai se lembrar.
A cena fica diferente após o imbroglio Queiroz e a lambanças da família. Flavinho não é o único.
Voltando.
Marques postou a foto do papo em seu Facebook. A conversa é a seguinte:
Jair: “Papel de filho da puta que você está fazendo comigo”.
Jair: “Tens moral para falar do Renan? Irresponsável” (O caçula de Bolsonaro se chama Renan)
Jair: “Mais ainda, compre merdas por ai. Não vou te visitar na Papuda”.
Jair: “Se a imprensa te descobrir ai, e o que está fazendo, vão comer seu fígado e o meu. Retorne imediatamente”.
Eduardo: “Quer me dar esporro tudo bem. Vacilo foi meu. Achei que a eleição só fosse semana que vem. Me comparar com o merda do seu filho, calma lá”.
O registro foi feito no plenário no dia da eleição para a Presidência da Câmara. Jair teve quatro votos, menos que os brancos.
A lista de presença não contém o nome de Eduardo, que não compareceu à sessão.
Mas isso é apenas uma parte da história.
A pergunta que não quer calar: o que Eduardo estava fazendo, e onde, para seu pai achar que ele iria para a Papuda?
A família brasileira, cujos valores são resguardados pelos Bolsonaros, aguarda ansiosamente a resposta.